Temos aqui um misto de Transformers, com pitadas de jogos de aventuras como Skyrim e câmeras lenta aos montes, ou seja, este novo Rei Arthur foi feito para a nova geração, que está mais preocupada com pancadaria e explosões a cada meio segundo, do que com um roteiro interessante. Mas acalme-se, o projeto tem suas qualidades e também vamos listá-las aqui.
Guy Ritchie sempre teve um apuro técnico impressionante (vide Snatch – Porcos e Diamantes ou mesmo Sharlock Holmes, para citar alguns) e aqui não é diferente, pois a grandiosidade dos cenários, a bela utilização das cores para compôr aquele ambiente e a edição esperta do primeiro ato me empolgaram muito. A escolha de Charlie Hunnam como protagonista é excelente e fica evidente o trabalho físico que o ator fez antes das filmagens começarem, sem contar que dá personalidade e charme a Arthur.
Porém o segundo ato conta com uma explosão de coisas superficiais e jogadas aleatoriamente – Beckham é lindo, mas o que está fazendo por lá? – e quase nada se salva. No desfecho, a luta contra o chefão final, que é um misto de Mumm-ha com Vingador, de Caverna do Dragão, é boa, mas menos impactante visualmente do que poderia ser.
Jude Law está perdido ali e atrapalha bastante. Já a pontinha para uma provável continuação foi em vão, pois com apenas 20 milhões de dólares feitos no final de semana de estreia, Rei Arthur – A Lenda da Espada já pode ser considerado um fracasso nas bilheterias, com pouquísismas chances de ter mais histórias contadas. E se temos uma última coisa a pontuar, é o quanto a Marvel tem influenciado o caminho dos blockbusters ultimamente, para o bem e para o mal.
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Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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