Predadores Assassinos sempre foi muito sincero quanto aos seus objetivos: seria um filme de monstros, mas ao contrário de Godzilla, por exemplo, traria um pé na realidade, com muito suspense, medo e diversão.
O que eu ficava pensando era se o diretor Alexandre Aja e o produtor Sam Raimi, conseguiriam driblar os tantos clichês que poderiam encontrar pelo caminho.
Mas 87 minutos enxutos e que vão direto ao ponto, mostrando a luta brutal pela sobrevivência – não só pelo furacão, mas também por conta dos jacarés -, com violência crua, bons efeitos especiais e ótimos efeitos práticos. Nos primeiros quinze minutos já sabemos tudo o que precisamos sobre os protagonistas e então Aja se foca apenas no suspense, propriamente dito.
Há determinadas facilitações em momentos oportunos, mas a imersão é tão grande que você quase não irá perceber estes pequenos problemas. Nas atuações, Kaya Scodelario e Barry Pepper são um show a parte e mantém a boa química e a energia do início ao fim, se, contar que o drama criado aproxima ainda mais o público dos personagens.
Tratar de filmar em ambientes tão fechados não é para qualquer um… e Aja trás isso como um fator fundamental, trabalhando os ângulos de câmera, a escuridão e as sombras com imprevisibilidade. E quando os créditos finais subiram me senti ofegante, como se eu mesmo estivesse lutando por minha sobrevivência, e feliz, pois se há pouco me decepcionei absurdamente com Rambo – Até o Fim, fui surpreendido positivamente com este, que pode ser considerado uma das obras mais eficazes de 2019!
Por Éder de Oliveira | Jornalista e responsável pelo site www.cinemaepipoca.com.br
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