A trajetória de Halle Berry na indústria do entretenimento teve início em 1989, quando ela fez sua estreia na série “Living Dolls”. No entanto, foi após seu papel em “X-Men” (2000), o primeiro filme da nova onda de super-heróis no cinema, que ela conquistou o reconhecimento definitivo e se posicionou entre os principais atores de Hollywood, assumindo o papel de Tempestade.
No entanto, nem todos os seus projetos foram igualmente bem-sucedidos. Um exemplo notável é o filme “O Sequestro”. Este longa-metragem, lançado em 2017, se destaca como uma das empreitadas mais questionáveis da carreira de Halle Berry. A trama do filme é tão errática que algumas piadas até sugerem que poderia servir como um guia do que não fazer caso alguém próximo seja sequestrado, o que, de certo modo, o tornaria relevante para pais e filhos.
Não se pode, no entanto, atribuir o fracasso do filme à atuação de Berry. A atriz demonstra seu talento e entrega bons momentos dramáticos, mas o enredo e a execução do filme deixam a desejar. “O Sequestro” é permeado por um egoísmo quase extremo, centrado no desejo de recuperar o filho, independentemente das consequências. A narrativa parece refletir um mundo contemporâneo em que a individualidade muitas vezes suplanta o bem comum.
A protagonista, uma garçonete, embarca em uma jornada frenética e perigosa, ultrapassando limites e desafiando a lógica em busca de seu filho sequestrado. No entanto, suas ações impulsivas acabam por colocar em risco não apenas a vida do garoto, mas também a de terceiros. A corrida pelas estradas estaduais se transforma em uma sequência de acontecimentos caóticos, causando acidentes e, até mesmo, mortes. Embora a dor da perda seja compreensível, o filme levanta a questão: até que ponto vale a pena causar mais sofrimento e danos colaterais em busca da própria resolução?
Em resumo, a trajetória de Halle Berry, marcada por sucessos como “X-Men”, também contém suas reviravoltas, como o problemático “O Sequestro”. Embora a atriz se esforce, o filme reflete um individualismo excessivo e ação desenfreada, levantando reflexões sobre os limites da busca por justiça pessoal.
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