É impressionante como as princesas da Disney vão se renovando, ganhando contornos atuais e dialogando com o público. E em 2013, quando Frozen estreou nos cinemas, Elsa e Anna entraram para o panteão das mais importantes princesas do estúdio e nos fizeram cantar “Let it Go!” um sem número de vezes. Agora, na continuação, o espectador conhece a criação dos poderes de Elsa e muito mais deste universo tão vasto.
Em relação à trilha sonora, algumas músicas não são tão inspiradas como anteriormente e se tornam até redundantes, contam com letras que repetem aquilo que já estamos vendo, além de que certos momentos dramáticos vividos por Elsa cansam e quase me tiraram daquela imersão (mas ainda assim há espaço para evoluir sua personalidade, principalmente do meio para o final do filme).
O grande destaque aqui vai para a qualidade impecável da animação (que não sei porque não ganhou uma indicação na categoria para Oscar 2020), com suas cores vibrantes e todo o cuidado com a textura dos cabelos, das roupas, na composição da água e de todos os cenários.
Olaf é o destaque por aqui, já que se transforma num boneco de neve com questionamentos sobre sua própria existência, envelhecimento e pensamentos ruins e é Anna que se incumbe de explicar para ele todos estes sentimentos confusos.
Chris Buck e Jennifer Lee, diretores da empreitada, sabem tudo sobre como nos agradar, mas apesar disso – e do faturamento estrondoso, que já ultrapassou 1 bilhão de dólares – Frozen II é menos empolgante e inspirado que o anterior, porém, contudo, todavia, continua valendo a ida aos cinemas para crianças, jovens e adultos!
Por Éder de Oliveira | Jornalista e responsável pelo site www.cinemaepipoca.com.br
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