Você já ouviu falar das salas de escape? Se não sabe o que é isso, eu explico: são ambientes monitorados por profissionais, onde um grupo de pessoas tem contato com uma história e, a partir disso, conta com determinado tempo (normalmente uma hora) para encontrar as pistas e conseguir fugir ou desvendar o mistério. E o filme Escape Room trás esta premissa extremamente interessante, ainda mais para quem já esteve dentro de uma destas salas.
No trailer tive a impressão nada sutil de que estaria diante de uma junção de Jogos Mortais, pela violência gráfica e O Cubo, pois haviam diversos desafios lógicos e pitadas de scifi. Mas logo nos primeiro minutos do longa, percebi alguns problemas:
– o roteiro não trás absolutamente nada de novo e nem a tal violência gráfica, que poderia ser um diferencial, ajuda na hora de compor a trama.- quando parece que vai engrenar, Escape Room pede licença e esmiuça o passado dos personagens, com takes chatos e sonolentos;- e os diálogos expositivos dão vergonha alheia.
Mesmo assim, o diretor Adam Robitel (A Possessão de Deborah Logan) tira boas sacadas em alguns cenários como, por exemplo, na sequência do bar. Há uma composição de cores de encher os olhos e uma boa criação de suspense… pena que fica só nisso.
A suposta reviravolta é absurda e o gancho para uma continuação é patético, chegando ao ponto de colocarem os sobreviventes numa mesa, fazerem explicar tudo o que rolou até ali e ainda dar um esboço do plano seguinte. Por tudo isso, fica difícil não torcer para que todos os personagens sejam pegos nas armadilhas o mais rápido possível. Mas prepare-se, pois com mais de 100 milhões nas bilheterias mundiais parece que teremos que conviver com esta nova franquia.
Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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