O vício da guerra e da violência pela visão experiente de Clint Eastwood
No alto dos seus 84 anos, Clint Eastwood é o diretor mais proeminente do cinemão hollywoodiano ainda hoje. Nos entregou em 2014, o musical ‘Jersey Boys – Em Busca da Música’, que teve boas críticas e também o drama de guerra baseado em fatos reais ‘Sniper Americano’, sobre o maior atirador de elite da terra do Tio Sam.
Tive uma discussão com outros espectadores que já conferiram o filme, a respeito da patriotada nesse gênero, mas é visível o cuidado extremo de Eastwood para não cair nestas armadilhas e molda um roteiro com as diversas vitórias de Chris Kyle no campo de batalhas, mas também as derrotas e as dificuldades pessoais, principalmente quando retorna ao seu dia a dia com a esposa e filhos.
Desde criança, Kyle foi apresentado a um tipo de violência tão viciante e dura, que ele jamais conseguiu desvencilhar-se por completo dela – vide a cena do churrasco na própria casa, em que quase mata um cachorro.
Chris Kyle foi um atirador de elite das forças especiais norte-americanas e atuou durante dez anos, matando mais de 150 pessoas. Recebeu diversas condecorações por conta do serviço prestado. Foi adaptado do livro ‘American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Militar History’.
A ação é intensa durante os 134 minutos de projeção e agradará em cheio a garotada viciada em jogos como ‘Call of Duty’. Por essas e outras, ‘Sniper Americano’ já arrecadou 282 milhões de dólares só nas bilheterias americanas e mostra que o diretor octogenário sabe se reinventar a cada década. Como já havia comentado lá atrás, no meu texto de ‘Sobre Meninos e Lobos’, Eastwood é como bom vinho, quanto mais envelhece, melhor fica.
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Por: Eder de Oliveira
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