Capitã Marvel é um filme importantíssimo para o Universo Cinematográfico do estúdio por alguns motivos: primeiro porque é o primeiro projeto protagonizado por uma heroína, segundo pois ela deverá ser a nova comandante dos Vingadores e ajudará os heróis contra Thanos.
Os diretores Ryan Fleck e Anna Boden não tem assinatura visual tão impactante quanto deveriam, principalmente depois de vermos Ryan Coogler em Pantera Negra e os Irmãos Russo em Guerra Infinita. Do jeito que está, a primeira metade é arrastadíssima, demorando mais que o necessário para encontrarem o tom exato da aventura. Mas ao engrenar, o espectador se sentirá empolgado, tudo isso por conta da empatia com Carol Denvers e das sacadas visuais – mas esqueça os vilões, pois não há porquê se importar com suas motivações.
A química entre Denvers e Nick Fury é instantânea e Brie Larson acaba se sentindo mais à vontade ao lado de Samuel L. Jackson. Aliás, os efeitos especiais para rejuvenescer Jackson são impressionantes, mas existem CGi que parecem ter sido finalizados pelo estagiário da Marvel. Já as idas e vindas no tempo cansam pela montagem lotada de cortes abruptos.
Sobre o empoderamento feminino contido no roteiro, é tudo muito sutil, mas há dois momentos específicos onde tais bandeiras são levantadas de maneira primorosa e quase me levantei para aplaudi-las. Ah, outra coisa a se destacar é a homenagem ao mestre Stan Lee.
Capitã Marvel vale a ida ao cinema, mesmo com estes deslizes e se você viveu na década de 80, terá boas referências nas duas horas de projeção.
Obs.: duas cenas pós créditos.
Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
Para mais notícias, eventos e empregos, siga-nos no Google News (clique aqui) e fique informado
Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98