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Capitã Marvel (7,0)

Capitã Marvel é um filme importantíssimo para o Universo Cinematográfico  do estúdio por alguns motivos: primeiro porque é o primeiro projeto  protagonizado por uma heroína, segundo pois ela deverá ser a nova  comandante dos Vingadores e ajudará os heróis contra Thanos.

Os diretores Ryan Fleck e Anna Boden não tem assinatura visual tão  impactante quanto deveriam, principalmente depois de vermos Ryan Coogler  em Pantera Negra e os Irmãos Russo em Guerra Infinita. Do jeito que  está, a primeira metade é arrastadíssima, demorando mais que o  necessário para encontrarem o tom exato da aventura. Mas ao engrenar, o  espectador se sentirá empolgado, tudo isso por conta da empatia com  Carol Denvers e das sacadas visuais – mas esqueça os vilões, pois não há  porquê se importar com suas motivações.

A química entre Denvers e Nick Fury é instantânea e Brie Larson acaba se  sentindo mais à vontade ao lado de Samuel L. Jackson. Aliás, os efeitos  especiais para rejuvenescer Jackson são impressionantes, mas existem CGi  que parecem ter sido finalizados pelo estagiário da Marvel. Já as idas e  vindas no tempo cansam pela montagem lotada de cortes abruptos.

Sobre o empoderamento feminino contido no roteiro, é tudo muito sutil,  mas há dois momentos específicos onde tais bandeiras são levantadas de  maneira primorosa e quase me levantei para aplaudi-las. Ah, outra coisa  a se destacar é a homenagem ao mestre Stan Lee.

Capitã Marvel vale a ida ao cinema, mesmo com estes deslizes e se você  viveu na década de 80, terá boas referências nas duas horas de projeção.

Obs.: duas cenas pós créditos.

Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site  www.cinemaepipoca.com.br

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