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Brinquedo Assassino (4,5)

Chucky surgiu na telona pela primeira vez em 1988 e pouquíssimas pessoas poderiam imaginar que o serial killer mirim faria tanto sucesso, ganharia status de cult e teria uma franquia que somam, até o momento, 8 filmes (contando com este de 2019). E falando neste remake dirigido pelo desconhecido Lars Klevberg (do curta Polaroid), vá sem qualquer expectativa, leve pipoca e refrigerante e, quem sabe, você não se divirta durante os 90 minutos.

O fato é que Karen, vivida pela belíssima Aubrey Plaza, não passa de uma mãe negligente (mesmo que no desfecho o roteiro tente modificar isso), os outros personagens tem a profundidade de uma tampa de garrafa e nenhum adolescente nos dias de hoje ficaria confortável em apresentar um boneco daqueles para os amigos e ainda levá-lo para passear.

Por outro lado, temos que aplaudir os envolvidos pois eles souberam rir de si mesmos e entenderam que este Brinquedo Assassino é trash até a última gota, sem contar que os efeitos práticos e a utilização de animatrônicos dão certo charme e são uma boa homenagem aos fãs mais antigos.

Só que quando Chucky aparece pela primeira vez e notamos um design tão meia boca (se você assistiu ao trailer já sabe o que esperar), o distanciamento se torna ainda maior – mesmo que haja a tentativa de inserir a tecnologia, tão comum na sociedade, como desculpa para tudo aquilo. Sem contar os inúmeros jumpscare, as mortes tão aguardadas são pouco inventivas e dão sono no espectador e, como não poderia deixar de ser, temos uma ponta para a sequência. Brinquedo Assassino, o remake poderia ser lançado direto em streaming que ninguém sentiria falta.

Por Éder de Oliveira | Jornalista e responsável pelo site www.cinemaepipoca.com.br

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