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BATMAN VS. SUPERMAN – A ORIGEM DA JUSTIÇA

Antes de entrar propriamente no texto sobre ‘Batman vs. Superman – A Origem da Justiça’, devo ressaltar algo que muitos já sabem mas acabam esquecendo, ou seja, a crítica é feita para dar um parâmetro mais criterioso em determinados pontos e aspectos técnicos, mas nem por isso é uma questão de deixar algo de lado por conter uma nota ruim. Sua experiência pessoal é única e seu sentimento também.

Digo isso pois alguns conhecidos meus vieram com este papo de que assistiriam por ‘outros meios’, pois o Metacritic, por exemplo, estava com uma nota baixa – o que não é verdade, pois até o momento, das 51 críticas, 41 foram medianas ou boas.

Voltando para o plote principal, ‘Batman vs. Superman – A Origem da Justiça’ é um filme-evento e só por isso já vale o ingresso, mas há também Ben Affleck como um dos melhores Bruce Wayne de todos os tempos e, com certeza, o mais afetado pelas questões morais – talvez por conta disso ele seja tão violento e, por vezes, quase descontrolado – e uma direção amadurecida de Zack Snyder (a cena em que reconta a origem do homem morcego é belíssima).

Indo para a questão técnica, a trilha sonora de Hans Zimmer está anos-luz à frente do projeto de 2013, tendo momentos de fazer o espectador quase se levantar da poltrona, assim como a fotografia soturna e que em nada lembra do colorido da Marvel Studios.

Então, é chegada a hora dos dois ícones ficarem frente a frente e a emoção ultrapassa a telona e chega aos espectadores, que já estão em silêncio absoluto, ainda mais quando Batman entoa uma frase que deverá ser lembrada por todo cinéfilo que se preze: “Você sangra? Vai sangrar!”

Dentro do universo, o método utilizado por Bruce Wayne para enfraquecer seu adversário é inteligente, provando o faro investigativo e inteligente do personagem (coisa que faltou em ‘Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge’), já Clark Kent prova que contém certa humanidade dentro dele, pois sobrevive a duras penas.

Mas aí é chegada a hora de Apocalypse aparecer e nada faz muito sentido, pois a construção da cena em que Lex Luthor o concebe é risível e o CGI utilizado neste terço final é de dar dor de cabeça, sem contar que poderiam retirar vinte minutos sem problema algum.

Ao contrário da crítica especializada, eu adorei o Lex de Jesse Eisenberg, com todas as suas afetações e maniqueísmos, além de Gal Gadot e Jeremy Irons, que é um Alfred diferente dos vistos anteriormente.

‘Batman vs. Superman – A Origem da Justiça’, pode não ser perfeito, mas é extremamente coerente, corre riscos interessantes e ainda nos apresenta o futuro da DC no cinema – que ainda está atrás da Marvel.

Fiquem atentos com as referências aos quadrinhos clássicos e a Jesus, são momentos lindos e que o diretor filma como ninguém.

Por Éder de Oliveira
www.cinemaepipoca.com.br

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