A Tela Quente de hoje trás o filme A Teoria de Tudo, que faturou o Oscar de Melhor Ator para Eddie Redmayne e conta a história do físico Stephen Hawking. O roteiro foi tirado do livro de mesmo nome, escrito pela esposa do cientista e mostra como ocorreram as primeiras descobertas do jovem na Universidade sobre o tempo e a relatividade, a paixão por uma amiga e sua doença degenerativa.
E se você está procurando um projeto que explique tim-tim por tim-tim todas as teorias e conceitos de Hawking, aqui não é seu lugar. Sabiamente o diretor inglês James Marsh passa apenas superficialmente por estes episódios e relata muito mais a luta contra sua doença degenerativa e o amor incondicional entre ele e Jane Hawking.
Mesmo bastante quadrado em certas escolhas, o roteiro é cativante e tem na dupla de protagonistas, vividos por Redmayne e Felicity Jones seu grande trunfo. O ator é o próprio Hawking e passa por uma transformação brilhante e ela tem uma meiguice e beleza que ultrapassam a tela e chegam no coração do espectador.
O amor, no fim das contas, acaba sendo a fórmula para que tudo sobreviva – desde a vida do próprio cientista, passando pelas suas teorias e explicações, até chegar no casamento –, mas mesmo assim, acaba se desgastando e transformando Jane numa mulher triste e fadada a cuidar dos filhos pequenos e do marido acamado.
A bela fotografia e a inserção de Jonathan Hellyer fazem de A Teoria de Tudo uma homenagem e tanto a este pequeno grande homem. Todas as taras do astrofísico, já conhecidas do grande público, foram apenas levemente mostradas, mas isso é compreensível. Nada de fórmulas, pois aqui, Marsh quer salientar o homem e não o gênio.
Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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