Temos três tipos de pessoas que assistirão a ’50 Tons Mais Escuros’:
– os fãs que amarão cada segundo do projeto e suspirarão por cada investida do milionário maluco chamado Christian Grey;
– quem irá detestar tudo e achar que jogou dinheiro fora indo assisti-lo;
– aqueles que verão como uma comédia involuntária e irão rir em muitas cenas.
Não podemos negar que a trilha sonora do projeto é muito boa e algumas tiradinhas funcionam, mas James Folley (que já havia dirigido episódios de House of Cards) conta com uma dupla de protagonistas que nunca se olham com paixão e ainda tratam este sentimento como se fossem empresários engravatados falando de seus próximos investimentos.
Em relação às cenas de sexo, a cinesérie Emanuelle já nos mostrou mais e com um grau de excitação bem maior, ou seja, ’50 Tons mais Escuros’ não entra nem para o subgênero soft porn e quando parece que algo sairá do terreno comum e a trama evoluirá, eles tiram suas roupas, transam e colocam tudo a perder.
Com uma fotografia que lembra os de comerciais de margarina, o projeto resvala no péssimo hábito de Anabelle Steele em pedir desculpas a cada dez minutos e glorifica a forma doentia com que Grey trata todas as mulheres ao seu redor. As duas horas de duração são intermináveis, os coadjuvantes péssimos (em qual escola de atuação aquele ator que faz o chefe de Anabelle estudou?) e as frases feitas que me fizeram sentir vergonha alheia, portanto, é um pipocão da pior qualidade. E que venha o terceiro e famigerado desfecho desta saga esquecível.
Assista em Hortolândia no CineSystem
Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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