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Grupo de dança do interior usa tecnologia para criar espetáculo inspirado no período de isolamento social

A coreografia Q u a s e busca refletir sobre o que limita e o que liberta as pessoas nos dias atuais, e terá apresentações gratuitas através da plataforma Zoom

O espetáculo de dança contemporânea Q u a s e, que faz parte do projeto Fluxo em Redes, tem sua temporada de estreia marcada para os dias 9, 10, 11, 13, 17 e 18 de abril. Concebido no período de isolamento social, a coreografia usa a tecnologia para discutir sobre os limites da criação em dança, além de desenvolver as questões que permeiam a oposição entre limitação e liberdade.

O projeto Fluxo em Redes foi criado em 2018 por Ayumi Hanada, artista interiorana, educadora, produtora cultural e pesquisadora do corpo em movimento. Formada em dança pela UNICAMP, traz como ponto principal da sua pesquisa o estudo da improvisação, a criação em dança de maneira colaborativa e o desenvolvimento de ferramentas técnicas a partir do peso do corpo, do fluxo de movimento e do uso do chão. Além disso, estuda o uso das novas tecnologias e das redes sociais virtuais nas criações artísticas e no fortalecimento de redes de colaboração a partir da dança contemporânea. Os integrantes do grupo são naturais de cidades do interior paulista, como Campinas, São José dos Campos, Marília, São José do Rio Pardo e Indaiatuba, fato que reforça a qualidade e relevância das criações artísticas fora dos grandes centros culturais do país.

O grupo formado por seis bailarinas e um músico partiu do questionamento sobre os limites enfrentados em suas vidas e refletidos nos dias atuais, sejam aqueles que vêm de dentro para fora, ou aqueles que a sociedade e as circunstâncias impõem, além de buscar a oposição: se existem tantos limites, o que os liberta? 

A dança-instalação acontecerá na plataforma Zoom, e será dividida em duas partes. Em um primeiro momento serão abertas sete salas simultâneas, onde cada artista vai compartilhar suas experiências pessoais através de falas, movimentos e sons, valendo-se da ideia da dança depoimento. O público será direcionado para uma das salas e poderá vivenciar a experiência a partir de uma perspectiva, sendo possível interagir através do chat ao vivo. Confinados em um quadrado desenhado no chão, as bailarinas e o músico vão mostrar suas interpretações sobre o que é se sentir limitado, ou o que traz a sensação de liberdade.

No segundo momento do espetáculo, o público será direcionado para uma sala onde aquelas individualidades apresentadas, estarão reunidas. Ninguém se toca ou se aproxima, mas os quadrados agora estão entrecruzados, criando assim a ideia de conexão e coletividade. Para evitar muitos deslocamentos e aglomerações, a parte grupal da coreografia foi gravada, e os artistas tomaram todas as precauções e seguiram as normas de segurança.

A dança Q u a s e busca discutir a relação entre indivíduo e coletivo, e mostra que as circunstâncias que a princípio distanciam as pessoas, podem ser superadas. Baseando a criação nos três anos de pesquisa e prática do projeto Fluxo em Redes, o grupo desenvolveu um espetáculo não só criado através das novas mídias, mas para ser apresentado especificamente nelas, unindo de maneira coesa forma e conteúdo.

Para ter acesso ao espetáculo nos dias de apresentações, o público vai encontrar o link na página oficial do projeto no Instagram (@_fluxoemredes), ou ir diretamente na plataforma Zoom, com o ID: 248 265 0707 e a senha: quasela. Todas as apresentações serão gratuitas.

SERVIÇO:

Espetáculo Q u a s e

Datas e horários: 09/04 às 20h

10/04 às 20h

11/04 às 16h30

13/04 às 20h

17/10 às 20h

18/10 às 16h30

Transmissão pela plataforma Zoom

Acesso com 15 minutos de antecedência pelo perfil @_fluxoemredes ou direto na plataforma com o ID: 248 265 0707 e a senha: quasela

Gratuito

O espetáculo Q u a s e tem apoio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Lei Aldir Blanc e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, através do Edital PROAC Expresso LAB número 37/2020

SINOPSE:

Somos 7. Sete desejos, sete medos, sete histórias. Sete pessoas dispostas a contar suas limitações e o que as limitam. Sete contrapontos: o que as fazem sentir livres então?Em  Q u a s e do projeto Fluxo em redes a potência da individualidade é refletida no coletivo, e as linhas que definem o que é interno e externo, indivíduo e coletivo se misturam numa via de mão dupla. O desejo é acionar a empatia, que nada mais é do que se reconhecer no outro. A gente te convida a vir junto nessa dança-instalação, nessa tentativa de superar limites.

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