Intitulado “TEMPORÁRIO”, o projeto é o sétimo curta-metragem dirigido pelo artista visual hortolandense Rafael Ghiraldelli
“TEMPORÁRIO” é um curta-metragem gravado em Hortolândia, escrito e dirigido pelo artista visual Rafael Ghiraldelli, cuja realização se fez possível por meio de uma parceria com a produtora cultural local Hocus Pocus e com recursos oriundos da Lei Federal “Aldir Blanc” 14.017/2020. Há que se considerar também o apoio da Secretaria de Cultura de Hortolândia, da Prefeitura de Hortolândia, da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.
A HISTÓRIA
“TEMPORÁRIO” conta a história de uma misteriosa viajante do tempo conhecida somente pela alcunha de Crononauta (Janaína Batista). Ela se encontra presa ao Brasil dos dias de hoje, impossibilitada de voltar para sua época e local de origem.
Uma forte chuva obriga a Crononauta a procurar abrigo em uma casa abandonada – e é ali, isolada, que se dá conta de que o tempo presente é o ponto de partida para muitas situações adversas testemunhadas por ela no futuro, do ponto de vista ambiental, político e social.
Contudo, será somente a partir de um encontro inesperado com uma pessoa em situação de rua (Eduardo Leôncio) que a Crononauta irá se mobilizar efetivamente para impedir que esse futuro se concretize.
UM POUCO MAIS SOBRE O DIRETOR
Para Rafael Ghiraldelli, a ficção científica é um gênero narrativo com o qual sempre se identificou. Desde criança, o artista – que é graduado em Artes Visuais pela Unicamp – é fascinado por histórias em quadrinhos, livros e filmes que abordam universos fantásticos em que feitos tecnológicos.
Porém, com o advento da pandemia de Covid-19, o otimismo por trás de narrativas como essas foi suplantado pela popularização de histórias pessimistas que se passam em contextos distópicos variados.
Não é de se estranhar, portanto, que a situação de isolamento vivida pela Crononauta, a protagonista de “TEMPORÁRIO”, é representativa do que muitos passaram em decorrência do distanciamento social observado em tempos de pandemia.
PROGRAME-SE
“TEMPORÁRIO” terá sua primeira exibição pública realizada por meio do canal do YouTube da Secretaria de Cultura de Hortolândia no dia 30/07/2021 (sexta-feira), às 20h, seguida de um bate-papo ao vivo com o diretor e outros membros da equipe técnica e elenco. O filme permanecerá disponível no referido canal por tempo limitado (48 horas), e passará a ser inscrito daí em diante em diferentes mostras brasileiras de cinema. Portanto, programe-se:
Evento:
1) Estreia (online) – curta-metragem “TEMPORÁRIO”
Classificação indicativa: 12 anos
Onde: Canal do YouTube da Secretaria de Cultura de Hortolândia
Quando: Dia 30/07/2021 (sexta-feira), às 20h.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=5QxuAPQ27FA
2) Bate-papo ao vivo sobre o processo criativo do curta-metragem “TEMPORÁRIO”
Classificação indicativa: 12 anos
Onde: Canal do YouTube da Secretaria de Cultura de Hortolândia
Quando: Dia 30/07/2021 (sexta-feira), às 20h15.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=7NBkPIFk-a0
FICHA TÉCNICA
· Proponente, direção geral e roteiro: Rafael Ghiraldelli
· Elenco: Janaína Batista – Ângela (Crononauta) / Eduardo Leoncio – Emílio
· Produção executiva: Daniel Resende
· Gerenciamento de projeto: Gleice Severo
· Direção de fotografia, montagem e finalização: Marcos Carvalho
· Direção de arte, figurino e cenários: Milena Carlström
· Assistência de direção: Jean Goes
· Assistência de câmera: Cintia Rocha
· Som direto (microfonista): Gabriel Oliveira
· Sound design e mixagem de som: Daniel Dias
· Tradução: Juliane Ivanow
· Legendas: Gustavo Cruz
· Design gráfico e making-of: Matheus Sousa (Mathy)
· Vozes (off): Daniel Dias, Daniel Resende, Gleice Severo e Rafael Ghiraldelli
· Locação: Danç’Art Escola de Dança
· Locadora de equipamentos: Duplic
SAIBA MAIS EM:
· Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=7PHuif31GAw
· Facebook: https://www.facebook.com/temporariocurtametragem
· Instagram: https://www.instagram.com/temporariocurtametragem
ENTREVISTA COM RAFAEL GHIRALDELLI
Como surgiu a ideia para o curta ‘Temporário’?
R: Surgiu da ideia de representar a situação de isolamento compartilhada por muitos em tempos de pandemia pelo viés da fabulação. Objetiva-se, por meio da estética e da retórica próprias de narrativas cinematográficas de ficção científica e da presença da chuva que cai sem parar no decorrer do nosso filme, simbolizar uma situação de isolamento que faz a viajante do tempo que protagoniza o enredo de TEMPORÁRIO questionar o seu papel na transformação efetiva do status quo. Percebe que precisa se reconhecer como indivíduo de valor único para se manter forte na luta, e reconhece que exercitar a alteridade é essencial para consolidar parcerias que enfrentem a distopia ambiental em curso.
Como passar para os atores aquilo que se quer e ainda dar liberdade para atuarem?
R: É o equilíbrio que qualquer diretor de cinema precisa contemplar em seu próprio processo criativo. Cada caso é um caso. Falando do meu processo, já que costumo dirigir os roteiros que eu mesmo escrevo, tenho uma ideia preliminar do que desejo realizar em termos de direção de atores. Mas nunca deixo a proposta fechada, já que considero o feedback de atores essencial para tornar o processo de criação de personagens o mais orgânico possível. Nesse sentido, penso que a construção desse acting deva ocorrer de forma sempre aberta ao diálogo e às experiências pessoais e profissionais de cada uma das pessoas envolvidas nessa frente de trabalho criativo.
Dentro de todo este processo, qual foi a parte mais difícil?
R: Creio que o mais desafiador tenha sido os prazos curtos para a execução das etapas de pré-produção. Como não havia uma definição quanto à prorrogação de prazos referentes à prestação de contas da Lei Aldir Blanc no momento em que demos início à produção do filme, tivemos que correr contra o tempo em diferentes frentes para garantir que as ideias previstas em roteiro fossem concretizadas devidamente pelos diferentes profissionais envolvidos em diferentes funções.
O gênero de sci–fi ainda é pouquíssimo visto em nossas obras cinematográficas. Por que acredita que isso ocorra?
R: Acho que existe um ideal predominante que determina que o gênero de ficção científica precisa enaltecer tecnologias avançadas, condizentes com aquilo que mais vemos em narrativas do tipo do cinema hollywoodiano, carregadas de efeitos visuais computadorizados. Contudo, podemos e devemos pensar em narrativas de ficção científica que representem melhor as especificidades de nosso país, estado, região ou cidade, segundo os recursos criativos que podemos acessar. Sci-fi não deve ser, de forma alguma, um gênero subjugado às novidades técnicas monopolizadas por países econômica ou politicamente preponderantes, mas sim algo que pode investigar – de diferentes maneiras – as relações subjetivas entre seres humanos, mundo e tecnologias. E isso, levando em conta qualquer tipo de tecnologia: nova ou antiga, industrialmente padronizada ou improvisada, de uso popular ou restrito, entre muitas outras.
Quais as referências (sejam elas cinematográficas, literárias e etc) inseridas em ‘Temporário’?R: “O fim da eternidade”, Isaac Asimov / “A máquina do tempo”, H. G. Wells / “Branco sai, preto fica” e “Era uma vez Brasília”, dir. Adirley Queirós / “The last angel of History”, dir. John Akomfrah, entre outras.
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