Principal criptomoeda do mundo, o Bitcoin está cada vez mais popular — ainda mais no Brasil. De acordo com levantamento feito pelo Portal G1, em 2017 o país tinha 1,5 milhão de pessoas cadastradas nas principais empresas de Bitcoins. Para efeito de comparação, 619 mil brasileiros estavam inscritos na Bolsa de Valores.
Esses dados não excluem os indivíduos que fazem os dois tipos de investimentos. Ou seja, pode haver investidores que apostam em empresas da B3 e na criptomoeda.
É perceptível que o interesse dos brasileiros pelo Bitcoin não para de crescer. Isso se deve principalmente à alta que a criptomoeda teve no ano passado. O ativo cresceu cerca de 1.751% apenas em 2017.
Porém, este ano, o Bitcoin sofreu uma desvalorização. Em novembro, a criptomoeda chegou a cair mais de 30%. Isso não significa que os investidores e entusiasta da criptomoeda tenham desistido dela. Para muitos, essa queda já era esperada, depois de tantas valorizações.
Independentemente da oscilação da moeda, ela está cada vez mais presente no dia a dia e já vem disputando lugar com as oficiais, como o real e o dólar. Nesta Copa, hotéis e estabelecimentos começaram a aceitar o Bitcoin como pagamento, o que garantiu mais autoridade ao ativo.
Aceitação é global
No site CoinMap, é possível verificar quais lojas que aceitam Bitcoin. Embora o mapa comece mostrando as ruas da Europa, o usuário pode diminuir o zoom e visualizar os estabelecimentos do Brasil ou de onde quiser.
O CoinMap mapeia os hotspot, isto é, as regiões em que mais há Bitcoins em circulação. Atualmente, Praga, capital da República Tcheca, é a localidade que mais aceita a criptomoeda como forma de pagamento. Buenos Aires, na Argentina, ocupa o segundo lugar, seguida por São Francisco, nos Estados Unidos.
Outro fator interessante com relação a essa moeda digital é que ela está tão presente no meio urbano quanto no rural. Em países como Brasil, Reino Unido e Tailândia, a proporção de cidades pequenas e grandes que aceitam essa forma de pagamento é semelhante.
Quando o governo dá suporte para o Bitcoin, as chances de ele crescer são ainda maiores. Na Suíça e em Singapura, que são dois grandes centros econômicos, a moeda é aceita pelo governo e, por isso, já pode ser usada em diversos estabelecimentos comerciais.
Apesar de não ser regulada no Brasil, essa moeda não é proibida. Nesse sentido, ela pode comprada e vendida legalmente por quem quiser. Isso tem feito com que cada vez mais comércios a aceitem na hora do pagamento. São exemplos de estabelecimentos que aceitam Bitcoins: a construtora Tecnisa, o Nobile Plaza Hotel, em Brasília e o Grupo Reserva, duas marcas de vestuário.
Jeito de fugir da inflação
Em muitas localidades, o Bitcoin tem sido um aliado para fugir da inflação. Em países como Venezuela e Zimbábue, quem tem condições está comprando a moeda, para evitar as dificuldades financeiras causadas pela hiperinflação.
Portanto, os compradores dessa moeda digital não são apenas grandes investidores, que apostam no crescimento do dinheiro. Muitos encontram no Bitcoin uma forma de sobreviver a desvalorização da moeda nacional.
Vale notar que o Bitcoin tem uma vantagem a mais do que outras moedas: ela tem oito casas decimais. Então, mesmo que 1 BTC esteja valendo muito (acima de R$ 12.000), as pessoas podem comprar 0,001 BTC — o que nos dias atuais corresponde a R$ 0,12. Isso permite que mais indivíduos tenham acesso a esse tipo de investimento que, como visto, também tem se tornado uma maneira comum de fazer compras e pagamentos.
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