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Quais são os planos para o setor de eventos após a pandemia?

Com a recomendação de distanciamento social e apenas funcionamento de atividades essenciais durante a pandemia do coronavírus, o setor de eventos foi um dos mais atingidos em suas atividades.

Campeonatos de futebol, shows, casamentos, feiras, espetáculos produzidos por diversas empresas e apoiados por diferentes patrocinadores como empresas de bandeiras de cartão de crédito, lojas e estabelecimentos precisaram cancelar seus eventos momentaneamente e passam por uma fase de incertezas quanto à sua volta.

Ainda não se sabe exatamente qual é o enorme prejuízo causado no primeiro semestre do ano graças à crise, mas algumas medidas já estão sendo planejadas para que esse setor reduza um pouco dos impactos que vem sofrendo no período.

Eventos e pandemia

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em abril de 2020, mostra que a pandemia afetou 98% do setor de eventos e há, em média, 12 eventos cancelados e 7 remarcados pelas empresas.

Ainda assim, esse é um setor que está buscando segurar demissões e 64% das empresas que responderam a pesquisa não prevê demissão nos próximos 3 meses. Para tentar reduzir os diversos efeitos da crise, os empresários têm tentado soluções como negociação de créditos e prazos e devolução de recursos para contratante ou fornecedor.

E, buscando soluções para sobreviver no negócio durante esse momento, os empreendedores do ramo estão aprimorando a gestão, fortalecendo o relacionamento com o mercado, qualificando a equipe, adotando novas tecnologias e preparando a empresa para ações sustentáveis.

Muitos eventos estão migrando para internet e usando a transmissão online como saída, como eventos de negócios, palestras educacionais, entre outros. Porém, sabe-se que festivais de música, esportes e casamentos, por exemplos, não são eventos que migram simplesmente para o digital e precisam de público para seu acontecimento.

Os empresários do ramo já sabem que eventos no futuro terão que se adaptar à nova realidade mundial, reduzindo aglomerações, pensando em novos formatos e criando regras para limpeza e higienização. Porém, como isso de fato funcionaria na prática?

O futuro dos eventos ainda é incerto e certamente ele será um dos últimos ramos a voltar em pleno funcionando. Pensando nisso, o movimento Apresenta Rio, uma associação dos promotores de eventos do setor de entretenimento e afins do Rio de Janeiro, tem reunido alguns representantes do setor para discutir caminhos e movimentos das empresas.

Diversos empresários trabalham com um cenário otimista de retomada, mesmo com restrições, a partir de outubro para que o ano de 2020 não seja totalmente perdido para o setor.

A ideia é que as empresas de evento comecem a avaliar compras de equipamentos como scanner de temperatura e rápida desinfecção, além de luvas, máscaras, álcool em gel e todos itens necessários de limpeza e segurança para os eventos realizados.

Além disso, outra preocupação é com os locais em que os eventos passarão a ser realizados, que devem sem amplos, abertos e espaçosos e com limite de participantes e de vendas de ingressos.

E, mais do que vendas e lucros, a área percebe que é um momento de pensar no coletivo e tomar ações que não coloquem pessoas em risco e que tenham impactos positivos na sociedade. Exemplo disso é que em muitos locais que são famosos por receber eventos, como arenas e centro de exposições têm virado locais de hospitais de campanha para receber pacientes com a Covid-19.

Quanto aos eventos que já estavam marcados antes da pandemia e paralisação, muitos foram remarcados para o fim de 2020 ou 2021, de acordo com agenda de artistas, principalmente os internacionais.

Os ingressos que já haviam sido vendidos são válidos para novas datas e as pessoas têm a opção de pedir devolução caso não queiram comparecer. Assim como na área de turismo, que o incentivo é remarcar e não desmarcar, os eventos buscam seguir essa linha de remarcação para evitar grandes perdas financeiras.

Assim como o Apresenta Rio, outros setores de eventos e movimentos têm feito pedidos aos governos para que sejam tomadas medidas para auxiliar esse setor, afinal, sem dúvida é um dos setores que mais movimenta dinheiro no país em seu pleno funcionamento.

Os empresários buscam ajuda em relação a linhas de crédito específicas, regimes de tributação diferenciado e facilidade em pagamentos. Algumas medidas como isenção do recolhimento de INSS e FGTS para os empregadores podem ser tomadas pelos empresários, afinal, faz parte das medidas econômicas para empresas.

Porém, com a incerteza causada pelo vírus e suas consequências, o setor de eventos ainda é um ramo que está de mãos atadas, sem saber o que e, principalmente, quando retomar suas ações.

Sabe-se que quando liberado, o setor de eventos voltará rapidamente a prosperar pela necessidade das pessoas estarem umas com as outras e aproveitarem momentos que foram perdidos até então.

Enquanto isso, os empreendedores aguardam auxílios governamentais para o ramo para aliviar a neblina que paira pelo setor e os consumidores devem seguir participando apenas de eventos online e respeitar o isolamento social.

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