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Irmã Dulce: Conheça a história da Santa dos Pobres

Conhecida como o “Anjo Bom da Bahia”, Irmã Dulce é a 1ª santa nascida no Brasil

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes: esse é o nome de batismo de Irmã Dulce, a primeira santa brasileira. O processo de beatificação começou em janeiro de 2000, mas foi apenas em 13 de outubro deste ano que aconteceu a canonização da religiosa.

Carinhosamente apelidada como o “Anjo Bom da Bahia”, Irmã Dulce desenvolveu um trabalho social voltado à ajuda de pessoas em situação de extrema pobreza, chegando, inclusive, a ser expulsa do convento de onde era congregada.

Até hoje, já foram atribuídos dois milagres à atual santa. Mas independentemente da crença de cada um, Irmã Dulce aparece como um verdadeiro exemplo, revelando ao mundo o principal ensinamento cristão: de amor ao próximo.

História de vida

Irmã Dulce ou Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914. Era filha de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes e Augusto Lopes Pontes, um renomado dentista da capital soteropolitana, e tinha mais dois irmãos, Dulce e Augusto.

De acordo com o site oficial, a menina teria sido uma criança muito alegre, que adorava brincar de boneca e soltar pipa. Outro gosto especial era pelo futebol. Seu time de coração era o Esporte Clube Ypiranga, composto, principalmente, pela classe trabalhadora.

Sua entrada na vida cristã começa aos 8 anos de idade, quando a pequena Maria Rita realiza a sua Primeira Comunhão, um dos ritos mais importantes na vida de todo católico, na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo.

Com 13 anos, sua vocação para o auxílio dos mais necessitados começa a se desabrochar. Ainda na pré-adolescência, a jovem passa a acolher mendigos e doentes dentro da sua casa, que, tempos depois, ficaria conhecida como “A Portaria de São Francisco”.

Aos 18, depois de se formar como professora primária, Maria Rita entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, recebendo o hábito de freira em 1933, quando adota oficialmente o nome de Irmã Dulce, uma homenagem à sua falecida mãe.

Obra social e ajuda aos mais necessitados

O trabalho social de Irmã Dulce vai se expandindo aos poucos. Com 21 anos, ela começou a prestar serviços de assistência social à comunidade de Alagados, conjunto de palafitas do bairro de Itapagipe, em Salvador.

Como resultado desse trabalho, a freira ajudou a construir, posteriormente, um posto médico e a União Operária São Francisco.

Sua ação de assistência aos mais necessitados não se restringia ao atendimento de saúde. A freira foi peça fundamental na criação de três cinemas — o Cine Teatro Roma, São Caetano e Plataforma — e na fundação de uma escola no bairro de Massaranduba.

Em 1949, Irmã Dulce ocupa o galinheiro que ficava ao lado do convento e transforma o espaço em um abrigo para pessoas doentes e em situação de rua. Em dez anos, o antigo galinheiro transforma-se em um albergue, com espaço para abrigar 150 leitos.

Anos mais tarde, esse espaço torna-se o que é hoje conhecido como o maior resultado da obra de caridade da Santa, o Hospital Santo Antônio, inaugurado em 1983 com 400 leitos.

Milagres atribuídos à Santa Dulce dos Pobres

Para tornar-se santo perante a Igreja Católica é preciso passar por três etapas. A confirmação das virtudes heroicas, a beatificação e a canonização, sendo que as duas últimas exigem a comprovação de um milagre.

No caso de Irmã Dulce, o primeiro milagre teria acontecido em 2010, quando uma mulher, Claudia Cristina dos Santos, que sofria de uma forte hemorragia pós-parto, teve seu sangramento cessado de forma repentina e sem intervenção médica. Isso teria acontecido após uma corrente de oração pedindo a intercessão da religiosa.

O segundo milagre foi reconhecido pela Igreja neste ano. Trata-se da história do maestro José Maurício que, após 14 anos cego devido a um glaucoma, teve sua visão recuperada. Ele sofria com as dores de uma forte conjuntivite e teria rezado para Irmã Dulce. Ele não só ficou curado, como também recuperou a visão.

Santa Dulce dos Pobres, como foi canonizada pelo Papa Francisco em outubro deste ano, tornou-se não só a primeira santa nascida em solo brasileiro, mas um exemplo de vida a serviço daqueles que mais precisam.

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