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Colóquio debate uso de tecnologia em sala de aula e nova Base Nacional Curricular

Cerca de 300 profissionais da rede municipal de educação participaram, na noite desta segunda-feira (04/11), do I Colóquio de Ciência e Tecnologia, promovido pela Prefeitura de Hortolândia, no auditório Profª Andréa M. Borelli, no Remanso Campineiro. O prefeito Angelo Perugini, que é professor, e a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Sandra Fagundes Freire, deram as boas-vindas à palestrante convidada, Profª Drª Maria Inês Fini, fundadora da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), doutora em Ciências – Educação, pesquisadora em Psicologia da Educação, Psicologia do Desenvolvimento, Social e do Trabalho e especialista em Currículo e Avaliação, com experiência em Gestão Educacional na Educação Básica e Superior.

A convidada abordou o tema “A Sociedade digital e os desafios da BNCC (Base Nacional Comum Curricular)”.A BNCC é “um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica”, segundo o site do MEC (Ministério da Educação).

“É preciso reaprender e voltar a aprender. Aqui temos professores e doutores e estamos com a máxima humildade para aprender de novo. Queremos renovar tudo aquilo que queremos. Nós vamos reaprender de novo, vamos buscar de todas as formas uma maneira de nos manter atualizados. Esta conversa de hoje a noite será para nós um desafio de não parar nem desanimar. Parabéns a vocês que tiraram uma noite de lazer para vir aqui aprender mais um pouquinho, rediscutir, reformar e reconstruir. Vamos sair daqui com mais vontade de aprender muito mais”, afirmou Perugini.

O grande número de inscritos surpreendeu os organizadores e a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia já anunciou que pretende fazer outras formações sobre o tema. “O colóquio oportunizou uma excelente reflexão sobre a BNCC e toda a parte pedagógica que desenvolvemos nas escolas, envolvendo a tecnologia. A maioria dos professores e gestores, pessoas com mais idade, não se desenvolveram na escola ou na faculdade nesta era digital que estamos vivendo. A Secretaria de Educação tem que investir na formação para que possamos discutir a concepção de educação e os conceitos das relações das crianças com todo o aparato tecnológico e tenhamos uma visão de que a tecnologia veio para facilitar o nosso dia a dia. É uma ferramenta de trabalho, de estudo. Não é algo para ficar fora da escola. A escola tem que aprender a se relacionar com os tablets, os celulares, as buscas no Google, para que isso possa contribuir para que as crianças aprendam mais, se relacionem melhor com o conhecimento, possam fazer pesquisas que contribuam com o aprendizagem e, no caso dos professores, com o processo de ensino nas escolas. Foi nesse sentido que o colóquio promoveu um debate, envolvendo a BNCC, porque o currículo está em discussão no Brasil todo e nós temos que envolver toda a parte tecnológica nesta discussão”, afirmou a secretária Sandra Fagundes Freire.

Maria Inês Fini destacou a invasão da microeletrônica e do chamado “big date” (grande volume de dados) na atualidade, em diversas áreas como a economia e o universo escolar; o surgimento de uma geração interativa, com o uso crescente da tecnologia no Brasil e o celular como o principal dispositivo de acesso (97%) no país. Diante deste cenário, a palestrante defendeu a reinvenção da escola. “A destruição do modelo atual tem que ser criativa e devastadora. A escola tem que manter sua relevância para se manter viva”, afirmou ela. Entre as mudanças na estrutura do currículo, apontou: Educação Integral, Competências e habilidades em lugar de simples memorização; além de competências cognitivas também a socioemocionais como responsabilidade da escola; metodologias ativas; organização em áreas e não disciplinas; e bilinguismo pra valer.

A pedagoga apontou também mudanças no conceito de aprendizagem, o que significa mudar o ecossistema e incluir novas vozes. Esta mudança implica na resolução de problemas como princípio organizador da aprendizagem; em alunos protagonistas com crescente autonomia e autogestão do próprio conhecimento; e na ênfase na aprendizagem e desenvolvimento. “Aprender é desenvolver estruturas de inteligência (processos mentais ou competências e habilidades) para compreender e interpretar, com crescente autonomia de pensamento e ação, o mundo em que vivemos”, explicou ela.

Quem é Maria Inês Fini

A Profª Drª Maria Inês Fini é fundadora da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde atuou de 1972 a 1996, exercendo cargos como docente, pesquisadora e funções administrativas e de representação. É doutora em Ciências – Educação, pedagoga, professora e pesquisadora em Psicologia da Educação, Psicologia do Desenvolvimento, Social e do Trabalho, especialista em Currículo e Avaliação, com experiência em Gestão Educacional na Educação Básica e Superior.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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