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Rainhas do Catira mantêm viva a tradição caipira em Hortolândia

 

Se depender da turma da Terceira Idade, a cultura do Catira permanecerá bem viva em Hortolândia. Toda sexta-feira, um grupo animado, de 10 integrantes, se reúne para treinar as canções e as coreografias da tradicional dança caipira. São as “Rainhas do Catira”, em seus ensaios periódicos com Mestre Chiquinho, um dos expoentes da dança na cidade. A atividade, gratuita, é promovida pelo CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) Remanso Campineiro, órgão da Prefeitura, vinculado à Secretaria de Governo.

Até o final de abril, das 14h às 16h, as tardes que antecipam o final de semana serão preenchidas de alegria, ora com coreografia, ora com violão. O ponto alto é o bailão previsto para o final do mês. 

Palmas, giros, batidas com os pés no chão, mãos unidas em uma dança circular, pontuadas pelo som da viola caipira. Além de aprimorar a parte técnica, o ensaio fortalece os laços de amizade entre as experientes catireiras e dá outros significados à atividade. “É tudo de bom na vida do idoso. Muito gostoso. A gente se sente muito bem fazendo isso. A mente trabalha mais, não fica em casa vendo TV, pensando em coisas ruins, só em coisas boas. Já me sinto uma artista nos ensaios”, afirma Evanilda Miranda, a dona Nilda, de 70 anos. Aposentada, a moradora do Jd. Interlagos já está no grupo há três anos.

Empolgada, a amiga Margarida da Conceição Silva Cardoso, de 71 anos, tem uma rotina intensa no CCMI. Faz teatro, joga vôlei, participa de tudo quanto pode. Sente-se uma verdadeira “Rainha do Catira”. “Me sinto muito bem. Canto na Orquestra e danço. É uma coisa muito linda. Quando colocamos nossos trajes de dança e nos apresentamos, somos muito aplaudidas. Pedem bis. Me sinto importante”, comenta a pensionista, moradora do Jd. Campos Verdes.

Além de dançarem no grupo, algumas participam também da Orquestra de Viola de Hortolândia. Para entrar no grupo do Catira é preciso primeiro conversar com o responsável pela atividade, Mestre Chiquinho. As apresentações, no entanto, são abertas ao público.

“Temos um trabalho social na cidade, por meio do qual estas mulheres, inclusive a minha, que participa do coral, se sentem úteis, saem de casa para participar destas atividades, se apresentam e são aplaudidas. Em São Paulo, por exemplo, fomos aplaudidos de pé. Nos sentimos muito bem, importantes, artistas. Aprendi o Catira ainda criança, ao lado da minha mãe rezadeira, vendo meu pai dançar”, revela o catireiro Francisco Aparecido Borges de Almeida, o Mestre Chiquinho.

O Catira é também ensinado em outros espaços municipais, tais como no grupo da Melhor Idade do Jd. Amanda, no Jd. Santa Clara e no Centro de Memórias.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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