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Escobar: A Traição (5,0)

Seriados como Narcos e El Patrón del Mal já contaram a história do maior narcotraficante do mundo de maneira bastante detalhada e conseguindo um  grande sucesso de público e crítica. Mas ao colocar os olhos no trailer  de Escobar: A Traição, produção espanhola dirigida por Fernando León de  Aranoa e baseada no livro Amando Pablo, Odiando Escobar, fiquei  extremamente interessado na obra.

Javier Bardem esbanja talento e muda suas características físicas,  moldando um Pablo Escobar que se torna quase animalesco no decorrer da  trama, tendo sempre ao seu lado a belíssima Penélope Cruz, que  interpreta a jornalista e narradora da história Virgínia Vallejo, que  transforma-se nos olhos e ouvidos do espectador. Outros do elenco são  Peter Sarsgaard, que só faz caras e bocas e Julieth Restrepo, ambos  subaproveitados.

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Outros dois fatos que me incomodaram bastante foram a montagem, que faz  escolhas equivocadas em determinadas situações – tive que supor o que  estava acontecendo em pelo menos duas sequências e o fator do idioma.  Por que falarem em inglês se todos são colombianos e estão na Colômbia?  Me senti assistindo a uma novela da Globo, onde em apenas alguns  diálogos pontuais certas referências são utilizadas.

Escobar: A Traição ganha uma sobrevida no terceiro ato, onde a violência  brutal e os belos ângulos trazem a imersão de volta com densidade e  realismo. Mas os créditos sobem e fica a sensação de que seria melhor se focassem em apenas uma parte da vida do narcotraficante, pois do jeito  que está, é apenas uma obra que será esquecida rapidamente, já que os  dois seriados citados no primeiro parágrafo condensaram com mais  competência este período daquele país.

Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br

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