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Jurassic World: Reino Ameaçado (5,5)

O primeiro ato de Jurassic World: Reino Ameaçado tem uma ação desenfreada, com os melhores efeitos especiais que podemos ver em Hollywood atualmente e a ótima química entre Chris Pratt e Bryce Dallas Howard. E por conta destes quinze minutos iniciais, achei que estivesse diante de algo tão divertido quanto o projeto anterior, que arrecadou mais de 1,5 bilhão de dólares pelo mundo, mas me enganei (é só saírem da ilha e rumarem para a cidade que a coisa desanda).

Um dos maiores pontos positivos aqui é o retorno daquele suspense contido no clássico Jurassic Park, tudo isso por conta da inserção do diretor J. A. Bayona, acostumado com o gênero desde O Orfanato. A cena da garotinha no quarto e o dinossauro indo em direção a ela é de gelar a espinha! Mas as obviedades do roteiro, a construção dos vilões e seus objetivos já foram vistos anteriormente e mostra a preguiça dos produtores na hora de moldar esta ideia. Mais uma vez um dinossauro feito com ‘pedaços’ genéticos de vários outros que se descontrola e precisa ser capturado.

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Além dos CGIs extraordinários de Jurassic World: Reino Ameaçado, como citei no primeiro parágrafo, Bayona resolve homenagear Spielberg e inserir alguns animatrônicos e efeitos práticos, diminuindo os possíveis excessos que poderiam ocorrer neste quesito. A fotografia tem contrastes interessantes e vai ficando mais escura com o passar do filme, mostrando ao espectador que aquilo ali ficará mais tenebroso e a trilha sonora, que lembra a emblemática criação de John Williams, não passa de uma copia chatinha da original.

Com diálogos absurdamente ridículos e explicações estapafúrdias, fica difícil superar os intermináveis 128 minutos de projeção sem soltar uns bocejos no meio do caminho. E para completar, o time de coadjuvantes composto por Ted Levine, Daniella Pineda, Justice Smith, Rafe Spall e Toby Jones, só atrapalha.

Outra coisa que me fez sair do cinema chateado, é o gancho deixado para Jurassic World 3… a previsibilidade impera em todos os momentos por aqui! E fica uma questão: já não era hora de extinguirem novamente os dinossauros e deixarem os bichos em paz por mais uns 20 anos, antes de uma nova continuação?

Assista em Hortolândia no CineSystem

Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br

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