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Caps Vida recebe Prêmio Arthur Bispo do Rosário

Pacientes da unidade da Rede de Atenção Psicossocial da Prefeitura de Hortolândia produziram vídeo classificado entre os finalistas do concurso artístico

Pacientes do Caps Vida, órgão da Prefeitura de Hortolândia que atende pessoas com transtornos psiquiátricos, participaram, nesta quinta-feira (17/05), da entrega do VIIl Prêmio Arthur Bispo do Rosário, evento realizado pelo Conselho regional de Psicologia. O grupo participou do concurso artístico com o vídeo “O barulho da minha cabeça te incomoda?”, produzido pelos próprios pacientes. A produção rendeu ao Caps prêmio em dinheiro de R$ 500 pela classificação entre os cinco melhores vídeos do concurso. Ao todo, 32 vídeos foram inscritos. A premiação é realizada nesta semana em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, lembrado nesta sexta-feira (18/05). Na cidade, a Prefeitura promoveu um evento de mobilização na praça do Parque Ortolândia, com atividades de integração de toda a Rede de Atenção Psicossocial com a comunidade. O objetivo é conscientizar a população em geral sobre as possibilidades de tratamento e acompanhamento de pacientes com transtornos psiquiátricos sem a necessidade de internação em manicômios.

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O dia 18 de maio teve origem em 1987, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em Bauru, reunindo mais de 350 pessoas da área de saúde mental em busca de uma experiência de desinstitucionalização da psiquiatria. O tratamento psiquiátrico, até então, se concentrava em internações hospitalares. Como resultado desta e de outras mobilizações, a Reforma Psiquiátrica foi aprovada em 2001, através da Lei Federal 10.216. Isso significa que o atendimento aos pacientes com transtornos mentais passou a ser acompanhado por uma rede de atenção psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários onde cada paciente tem sua vida livre, participando de atividades terapêuticas e de reabilitação, sempre acompanhados da família.

Conforme a articuladora em Saúde Mental de Hortolândia, Arlete Damázio Paschoal, os Caps são unidades de atendimento especializado em neuroses e psicoses, além de outros transtornos. Porém, há um atendimento complementar em parceria com as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). “Nas UBS contamos com uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, psiquiátricas e médicos, que auxiliam na estruturação do atendimento em saúde mental e realizam acompanhamento dos pacientes. Já nos Caps são atendidos casos mais complexos, que necessitam de um tratamento diferenciado, como terapias e oficinas, além de acompanhamento médico e psicológico”, explica Arlete. No Caps I são atendidas crianças e jovens até 18 anos, tendo como foco pacientes com autismo. No Caps Vida, são atendidas pessoas com mais de 18 anos, diagnosticadas com neuroses e psicoses. Já no Caps AD, o atendimento é voltado para dependentes químicos. As três unidades atendem de portas abertas, ou seja, não é necessário encaminhamento médico para procurar atendimento. “O atendimento realizado nas UBS é mais próximo da casa do paciente e tem as mesmas condições de acompanhamento de casos mais simples. Já os Caps, oferecem um complemento para casos complexos ou para pacientes que desejam experimentar as terapias diferenciadas oferecidas nestes locais”, complementa Arlete.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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