Quando o apresentador Luciano Huck anunciou o preço do novo Dolphin Mini em R$ 115.800, uma expectativa significativa já se formava em torno do veículo, considerado por muitos como potencialmente o carro elétrico mais acessível do Brasil. A reação do público, acompanhando em massa por plataformas digitais, foi de imediata decepção, refletindo as altas esperanças depositadas na promessa não oficial da BYD de oferecer um preço abaixo dos R$ 100 mil, um marco que teria posicionado o Dolphin Mini como um divisor de águas no mercado nacional de carros elétricos.
A surpresa com o anúncio não se deveu a uma falta de transparência da BYD, mas sim à uma construção coletiva de expectativas baseada em especulações e na esperança de um preço revolucionário. A realidade, contudo, se mostrou diferente, com o carro chegando ao mercado acima do limiar psicológico dos R$ 100 mil, apesar de incentivos como um desconto significativo e a oferta de um carregador portátil como bônus na pré-venda, elementos que, na prática, reduzem o impacto do preço final para o consumidor.
Neste contexto, o Dolphin Mini ainda representa uma proposta de valor considerável, sobretudo quando analisamos suas especificações e acabamento, que o colocam em vantagem frente a concorrentes na mesma faixa de preço, mas movidos a combustão. Com recursos tecnológicos e de conforto normalmente reservados para modelos de topo de linha, o Dolphin Mini desafia a noção de que veículos elétricos são inacessíveis para o consumidor médio brasileiro, embora não tenha atingido o marco simbólico esperado por muitos.
Diante da frustração inicial, é fundamental uma análise objetiva das ofertas no mercado. O Dolphin Mini, com suas características e benefícios, ainda se posiciona como uma alternativa relevante para quem busca entrar no universo dos elétricos sem comprometer a qualidade e o conforto. A expectativa é que, superado o momento inicial de ajuste entre expectativa e realidade, o veículo encontre seu espaço no mercado e contribua para uma maior adoção de carros elétricos no Brasil.
