Campinas registra mais duas mortes por febre maculosa e intensifica ações de prevenção

de Redação G.
febre maculosa

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas confirmou mais dois óbitos por febre maculosa na cidade, elevando o total de casos confirmados neste ano para sete, com cinco mortes. Além disso, foi registrado um terceiro caso que evoluiu para a cura. Esses números têm gerado preocupação entre as autoridades de saúde, que estão intensificando as ações de prevenção e controle da doença.

A primeira vítima é uma mulher de 49 anos que, felizmente, evoluiu para a cura. Os primeiros sintomas foram observados em 31 de maio, e acredita-se que a infecção tenha ocorrido em outro município. Já o segundo óbito foi de um homem de 46 anos, que faleceu em 9 de julho, mas ainda não se tem informações sobre o local provável de infecção, que está em investigação. Os sintomas surgiram no último dia 5 de julho. A última vítima foi um homem de 18 anos, que veio a óbito em 28 de julho, e a infecção foi provavelmente adquirida na Fazenda do Exército – 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec). Os sintomas iniciaram em 23 de julho.

Comparado ao ano anterior, o número de casos confirmados e mortes por febre maculosa em Campinas apresenta um cenário preocupante. Em 2022, foram confirmados 11 casos, com sete óbitos.

Para conter a disseminação da doença, a Secretaria Municipal de Saúde vem adotando diversas medidas preventivas. Foram realizadas cerca de 100 atividades, como palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos e vistorias em locais prováveis de infecção. Parte dessas ações foi direcionada ao Exército.

A Prefeitura de Campinas também realizou mudanças para fortalecer a prevenção e o controle das arboviroses e zoonoses, incluindo a febre maculosa. O comitê de enfrentamento foi renomeado para Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses e Zoonoses, a fim de incluir discussões específicas sobre a doença. Ademais, a sanção da lei 16.418 tornou obrigatória a informação sobre o risco de febre maculosa em estabelecimentos e eventos em locais com presença do carrapato-estrela. A capacitação de profissionais foi realizada para garantir a implementação dessa medida.

As ações de comunicação e mobilização também foram reforçadas, com aumento de placas informativas e distribuição de cartazes em farmácias e centros de saúde em áreas consideradas de risco.

A febre maculosa é uma infecção grave transmitida pelo carrapato estrela, e a prevenção é fundamental. Ao visitar áreas de vegetação, especialmente próximas a cursos hídricos onde há cavalos e capivaras, é importante ficar atento aos sintomas da doença, que incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. Caso apresente esses sinais, é crucial buscar atendimento médico imediatamente e informar sobre o contato com carrapatos e locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças febris, como a covid-19 e a dengue.

É importante ressaltar que não há vacina contra a febre maculosa, e a eliminação total dos carrapatos das áreas de vegetação é inviável. O tratamento precoce com antibióticos adequados é essencial para a cura da doença. A conscientização da população e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para conter a propagação dessa infecção grave.

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