Como morador da região há 40 anos, tenho propriedade para falar deste assunto, tanto é que falo região, porque moro em Hortolândia desde que ainda pertencia a Sumaré, desde quando não tinha asfalto e nem água.
Agora em 2022, me parte o coração ver alguns “novos moradores” e até antigos fazerem pouco caso da nossa cidade, pessoas que não valorizam e nem prestigiam eventos em Hortolândia. Mesmo observando os preços elevados dos quitutes e bebidas em eventos aqui no município, muitas vezes, valores que equiparam os de Cambuí e Taquaral em Campinas, ainda sim, parte o coração ver eventos não atingirem nem 50% do que era a Praça Poderosa na década de 90, por exemplo.
Neste fim de semana, 10 e 11 de setembro, tiveram diversos eventos na cidade (Sunset Eu amo minha vida no Irmã Dorothy, Samba na praça no Minda, Viva Mais na cidade no Santa Clara, 1º Integrafest Primavera no Vila Real, Festa da comunidade Nossa Senhora do Amparo no campo do Remanso Campineiro), o qual tiveram baixa adesão da população ou apenas “figurinhas repetidas”.
A cidade de Hortolândia conta, atualmente, com mais de 236 mil habitantes. E com esse crescimento ao longo das últimas décadas, será que houve diminuição no que diz respeito aos valores de moradia? A resposta para esta questão é ‘não’. A cidade está inflada de condôminos verticais e horizontais, a preços nada atrativos para alguns “moradores raízes”, que por algum motivo não conseguiram evoluir com a cidade.
Mas não é só isso.
Mídia rachada: fogueira das vaidades
Soma-se isso a uma nova geração que não se importa com textos, mas apenas com vídeos (quanto mais curtos, melhores) e uma mídia rachada (cada um por si) e pronto! É a receita para baixa propagação de visitantes nos portais e, consequentemente, adesão cada vez menor nos eventos da cidade.
O Portal Hortolândia notoriamente consagrou-se com o pioneirismo em disponibilizar informações sobre a cidade e região na internet, isto fez com que surgissem diversas outras “mídias” em Hortolândia e consequentemente uma grande “fogueira das vaidades”.
Enfim, numa cidade com tanto potencial, vale a pena tentarmos algo diferente para sair do terreno comum!
