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Mulher morre esperando vaga no Mário Covas

A dona de casa Maria do Socorro Santos Penna, 65, morreu na madrugada de ontem, enquanto esperava, havia seis dias, por uma vaga em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Ela tinha problemas renais e deu entrada no Hospital Municipal e Maternidade Mário Covas, em Hortolândia, na sexta-feira passada, dia.

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Anteontem, o marido dela procurou a Polícia Civil para registrar a demora na transferência. Na madrugada de ontem, a paciente não resistiu.
“Isso é um descaso muito grande. Ela ficou na sala de observação todos estes dias, enquanto devia estar na UTI. Ela precisava fazer hemodiálise. Se tivesse recebido o tratamento correto, isso não teria acontecido”, disse o marido Nidio Penna, 67. “Eu até conversei com o médico anteontem. Ela estava inchada, mal, mas ele me disse que a situação dela não era tão grave e que ia ter que esperar aparecer a vaga. Eu avisei que iria registrar um boletim de ocorrência e agora vou até o fim, para que outras pessoas não passem pelo que eu estou passando”, continuou. O boletim foi registrado como não criminal.

Conforme afirmou a Prefeitura de Hortolândia, enquanto aguardava a transferência para outro hospital, já que o Mário Covas não possui UTI, Maria ficou internada na sala amarela, destinada à pacientes graves, porém, sem risco de morte imediata. A vaga na UTI foi solicitada no dia 18 à Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), da Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com a Central, a paciente não foi encaminhada para uma UTI porque “não apresentou condições clínicas que permitissem a sua transferência”.
A unidade ainda afirmou que Maria possuía quadro grave de hipertensão, diabetes e insuficiência renal e sofreu um infarto agudo no miocárdio. Maria será sepultada hoje, às 9h, no Cemitério Parque de Hortolândia. Ela não deixa filhos.

Fonte: O Liberal

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