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Polícia Civil prende acusado de homicídio em Hortolândia

A Polícia Civil de Hortolândia prendeu na manhã desta quarta-feira, o funileiro G. C. S., de 24 anos, acusado de ter assassinado o auxiliar de produção Fábio Araújo de Lima, de 28 anos, em junho de 2013. O acusado ainda teria disparado contra o irmão do auxiliar, o operador de máquinas F. A. L., de 26 anos. Durante a manhã de hoje, a família da vítima teria visto o acusado e acionado a polícia. Ele nega a autoria do crime.

arma

Segundo o boletim de ocorrência registrado na época, as vítimas estavam em um Fiat Palio Fire, quando foram surpreendidos pelo suposto autor, que efetuou vários disparos contra veículo. O operador foi atingido por um tiro de raspão no braço, entretanto, o irmão foi baleado na cabeça.

Ele chegou a ser socorrido até o Hospital Estadual Doutor Leandro Franceschini, em Sumaré, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital. No boletim de ocorrência, o irmão que sobreviveu ao atentado contou que a motivação seria “inveja” e apontou o acusado como autor. No entanto, posteriormente, os familiares disseram aos investigadores que a motivação teria sido uma discussão momentos antes do crime.

PRISÃO

“Hoje, a família veio até a delegacia e relatou que o suposto autor estaria morando no bairro (Jardim Nova Hortolândia), descrevendo inclusive a roupa que ele estava usando. Com o endereço, fomos até o local e conseguimos detê-lo”, informou um dos investigadores à reportagem.

Ele foi flagrado na Avenida 2ª e não resistiu a prisão, segundo informações da Polícia Civil, mas afirmou que vivia no Jardim Boa Esperança. Entretanto, a informação foi contrariada após ele retirar a chave da residência no Jardim Nova Hortolândia.

“Fomos até a casa dele e, rapidamente, ele avisou que havia um revólver no interior da residência. No local foi encontrado um revólver calibre 38 e 22 munições intactas. A arma não estava com a numeração raspada e nem com queixa de roubo ou furto”, contou a Polícia Civil.

MOTIVAÇÕES

“Ele (o acusado) conta que houve um desentendimento, onde um dos irmãos teria ameaçado ele. Mas ele nega o homicídio. Ele será autuado pelo porte de arma, no entanto, existe a possibilidade de fiança. Ele pode ser liberado ainda hoje”.

SUPOSTO AUTOR

A reportagem conversou com o funileiro, que negou o crime. “Na época que tudo aconteceu ele passou na rua e começou a me xingar, estava na esquina com alguns amigos. Meus dois amigos saíram de lá e eu corri também. Eu sabia que ele estava armado”, informou. “Eu via a arma na mão dele. Eu não ia brigar com um ‘cara’ armado”, completou.

“Depois disso eu fique sabendo que ele tinha morrido. Ele teria arrumado confusão e ‘puxado’ a arma para outras pessoas também naquela noite. Ele era bem briguento e vivia ‘puxando’ o revólver”, contou o acusado.

“Eu fiquei assustado depois que ele morreu e, para proteger a minha família, comprei essa arma. ‘Tenho ela’ desde aquela época. A família inteira dele veio atrás de mim, todo mundo armado, até a mãe dele ter revólver”, afirmou o suposto autor.

“Eu já tive meus problemas, mas hoje eu sou um cara tranquilo. Não posso parar a minha vida”, concluiu.

O caso continuará sendo investigados pela Polícia Civil através da SIG (Setor de Investigações Gerais). O acusado já havia cumprido seis anos de prisão em regime fechado. O delegado responsável, Luis Antônio Loureiro Nista irá pedir a prisão preventiva do rapaz.

Ele foi indiciado apenas por porte de arma. No entanto, o delegado arbitrou fiança criminal no valor de R$ 2 mil. Até o fechamento da matéria, o valor não havia sido apresentado na delegacia.

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