Horário de verão pode retornar em novembro, afirma governo

O governo federal estuda a possibilidade de reimplantar o horário de verão a partir de novembro, caso a situação hídrica do país não melhore. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou em coletiva de imprensa que a volta dessa política pública é uma “possibilidade real”, mas que a decisão ainda não foi tomada. Segundo o ministro, a medida poderá ser aplicada para ajudar a enfrentar a crise hídrica e energética no Brasil.

De acordo com Silveira, a decisão final dependerá da evolução do quadro de estiagem, que tem afetado gravemente os níveis de reservatórios de água. Durante o anúncio, ele mencionou que os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que o volume hídrico atual é o menor desde 1950, ano em que as previsões começaram a ser registradas. A crise hídrica atual é a mais severa dos últimos 74 anos, segundo o ministro.

A possibilidade do retorno do horário de verão foi levantada no início de setembro, como parte de uma série de ações do governo para lidar com a crise energética. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também já sinalizou que a medida seria “prudente e viável”, especialmente para os planejamentos de 2025 e 2026. A proposta está sendo discutida com diversos setores, incluindo companhias aéreas, que também serão afetadas por uma eventual mudança no horário.

A prática do horário de verão foi suspensa em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, que justificou a decisão com base em estudos sobre a economia de energia e os impactos no relógio biológico da população. Desde então, o tema tem gerado debates, especialmente sobre sua real eficácia em tempos de mudanças climáticas e crises energéticas.

Caso o horário de verão volte a ser implementado, ele deve ser anunciado em breve, com o objetivo de economizar energia e garantir maior segurança no fornecimento elétrico durante o período de estiagem. A avaliação do governo é que, além de contribuir para a redução do consumo energético, a medida pode ajudar a minimizar os impactos da crise hídrica sobre a população.

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