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Atividade física pode ajudar no controle da epilepsia

Diferentes questionamentos norteiam a epilepsia. O que ganha mais ênfase é a questão da prática de atividades físicas como forma de ajudar no controle da síndrome. O propósito requer atenção, principalmente com relação aos tipos de exercício que podem ser realizados e, claro, atentar-se ao acompanhamento médico e seguir à risca as determinações que garantirão a qualidade de vida.

A epilepsia é uma síndrome caracterizada pela alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, indicando que um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável causando reações físicas. Em outras palavras, as crises se manifestam quando uma região do cérebro, que pode ser bem restrita ou envolver os dois hemisférios cerebrais, começa a emitir impulsos de forma autônoma. Seria como um “curto-circuito” naquela região. Esta descarga é a responsável pelos sintomas que o paciente não consegue controlar.

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Os sintomas são os mais variados, as crises duram alguns segundos ou minutos e podem ser acompanhados por manifestações clínicas como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, “desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória. A crise mais conhecida pela população é a queda ao solo, seguida de salivação e movimentos bruscos de braços e pernas chamada crise tônico-clônica generalizada. A pessoa pode relatar desde um mal estar vago, sensação inexplicável de medo intenso, alterações na visão como enxergar bolas coloridas etc.

Os remédios para controle da epilepsia atuam de diferentes formas. Em geral, diminuindo a liberação dos transmissores que excitam aquela área propensa a ter crises ou estimulam a liberação de transmissores que tentam diminuir essa excitação. Quando administrados de forma adequada, as medicações controlam as crises em 70% dos pacientes.

Além da importância do medicamento, a atividade física pode ser uma aliada no controle das crises, já que melhora a autoestima, aumenta a sensação de bem-estar e ajuda a evitar a depressão e a ansiedade. O primeiro passo é procurar pelo médico e verificar quais exercícios são indicados, pois a aprovação e intensidade dependerão do grau apresentado por cada indivíduo, ou seja, não é indicado fazer qualquer exercício por contra própria.

Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia afeta cerca de 65 milhões de pessoas no mundo, sendo aproximadamente 1,9 milhão no Brasil.

Elizabeth Bilevicius – Doutora em fisiopatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e gerente médica da Meizler-UCB Biopharma, Elizabeth recebeu o título de Especialista em Neurologia, em 2006, concedido pela Academia Brasileira de Neurologia.

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