Nossa Cidade

Estudantes de creche no Terras de S. Antonio pedem descarte correto de lixo

 

Dezenas de pequenos protetores do meio ambiente saíram às ruas do Jd. Terras de Santo Antonio, nesta quinta-feira (12/04), para pedir ajuda à comunidade local a fim de evitar os constantes descartes de lixo orgânico, de recicláveis e até mesmo de volumosos, como colchões, no entorno da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Miguel Camillo. Apesar das ações protetivas e preventivas realizadas pela Prefeitura, o desrespeito ao meio ambiente tem atraído escorpiões e animais peçonhentos para o local, onde estudam atualmente 250 crianças. A escola fica na Rua Um, 110, ao lado de uma APP (Área de Preservação Permanente).

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Animados, mais de 70 alunos do Mini Grupo, Maternal, Jardins 1 e 2 participaram da ação de conscientização ambiental, pela manhã e à tarde. Acompanhadas por profissionais da Educação e apoiadas pela GM (Guarda Municipal), as crianças, que têm entre dois e cinco anos de idade, percorreram as oito ruas mais próximas, batendo de casa em casa e entregando panfletos elaborados por eles próprios, pedindo o fim do descarte irregular de materiais: “Nós, alunos e funcionários, gostaríamos de pedir a todos que nos ajudem. Não joguem lixo no chão e nos terrenos baldios. Denunciem quem jogar entulho no bairro. Recolham os cocôs dos seus animais nas ruas. Com essas atitudes estaremos diminuindo a proliferação de insetos e reduziremos os criadouros do mosquito transmissor da Dengue”, avisavam. A inciativa da ação partiu da própria comunidade escolar, envolvendo crianças, professores, educadores e a equipe gestora, esclarecem a diretora Maria Valdirene Morari Lordano e a coordenadora pedagógica Marcela Alves da Silva.

Uma das ruas percorridas pela turma foi a Paulo Arten (antiga Quatro). “Somos protetores do meio ambiente. Estamos aqui para lembrar que precisamos cuidar do meio ambiente e jogar lixo no lugar certo”, diziam na abordagem aos vizinhos. “Tem que matar as baratas, que são a principal comida dos escorpiões”, comentou um deles. “Eu já vi um escorpião na escola e chamei a professora”, lembra Monique de Lima Tavares Ferreira da Silva, de 5 anos, estudante do Jardim 2. Acho muito incrível participar e ensinar onde jogar o lixo”, afirma a menina. “Eu já vi uma cobrinha”, comenta a colega Sofia Cardoso Gomes, de 5 anos, que também gostou de participar da ação. “É legal por causa de ajudar o mundinho a melhorar”, ensinou a garota.

Os pequenos ambientalistas foram bem recebidos pela comunidade. “Amei isso. Acho que vai dar resultado, sim. Temos que cuidar, pois tem crianças ali. Minha neta, a Maria Eduarda, de 5 anos, é uma delas. Aqui em casa separamos os recicláveis. Costumamos levar nas caçambas da Prefeitura, lá no Jd. Adelaide. Se precisa, alugamos caçamba”, comenta a dona de casa Fátima da Cruz, moradora da Rua Paulo Arten. Ela também já havia separado diversos volumosos, como móveis velhos, para serem recolhidos pela Operação Cata-Bagulho, da Prefeitura, que circula pela região do Jd. Rosolen até o dia 16 deste mês. “Achei o máximo. Importante para conscientizar a eles mesmos, desde pequeninos, e capaz de sensibilizar os adultos”, avalia a artesã Sidneia Milléo de Oliveira. O marido Wilis de Oliveira também aprovou a ação, lembrando que o bairro é bem atendido pela coleta de lixo orgânico, três vezes por semana, e também por coletores de reciclagem autônomos, frequentemente. Para o vizinho do outro lado da rua, o comerciante José Teodoro, o descarte irregular é fruto de “falta de educação do povo. É tão feio! Eu pego e levo nas caçambas, no Adelaide. Recebem até entulho. É bom ter essa ação. Os pequenos aprendem a ter essa educação que falta aos grandes. Quem sabe não orientam pai e mãe, dentro de casa?”, questiona. “Já vi jogarem colchão, o que enfeia a cidade. Só a Prefeitura não pode fazer tudo sozinha”, comenta.

“Vemos com ótimos olhos esta iniciativa da escola cidadã, de levar conscientização e sensibilização à população. O foco da Agenda Verde é o envolvimento da comunidade e a mudança de atitude da população. A cidade é nossa e temos que mantê-la limpa”, afirma a secretária-adjunta de Meio Ambiente, Eliane Nascimento. “Embora o objetivo da Agenda Verde seja limpar a cidade, o maior desafio é o envolvimento da população e a conscientização quanto ao descarte correto de resíduos, o que repercute na saúde e no bem-estar das pessoas. O Mutirão de Limpeza e Zeladoria da Prefeitura é um esforço de várias secretarias, Governo, Meio Ambiente, Obras, Educação, Segurança, Mobilidade. A Prefeitura tem feito a parte dela, mas a atitude da população é fundamental”, esclarece.

Para evitar o aparecimento de escorpiões e animais peçonhentos, já detectados na creche, a Prefeitura tem realizado dedetização específica, frequentemente, além de poda do mato na área externa. Por orientação de agentes da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, foram instaladas telas nos ralos e borrachas na parte inferior das portas, em fevereiro deste ano. A escola também cria Galinhas d’angola, também conhecidas como Capotes, predadores naturais dos escorpiões. 

Agenda Verde

Na gestão do prefeito Angelo Perugini, a Prefeitura apoio a participação popular  nas ações de interesse público. No último sábado (07/04), com a presença de moradores do bairro, a Administração Municipal plantou 91 novas árvores na Praça Américo Antônio, na Rua Antônio Gazeta, próxima à escola. A ação faz parte da Agenda Verde – Mutirão de Limpeza e Conscientização Ambiental, que acontece até o dia 16 deste mês, na região do Jd. Rosolen, onde fica o bairro.

Um dos abjetivos da Agenda Verde é mobilizar a população de Hortolândia a participar e ajudar o poder público na solução de problemas sociais e econômicos provocados pelo descarte irregular e ilegal de entulhos nas calçadas, terrenos baldios e áreas verdes.

Em 2017, o Mutirão recolheu mais de 12 mil toneladas de lixo e entulho em 100 bairros de Hortolândia. Além disso, disponibiliza, gratuitamente, sete PEVs (Pontos de Entrega Voluntária de Entulhos e Recicláveis) e 12 LEVs (Locais de Entrega Voluntária de Recicláveis) em diferentes pontos da cidade, três deles na região do Jd. Rosolen: um modelo metálico, na Rua Marcelina Ramos Meira (próximo ao banco Santander) e dois contêineres plásticos, um na Rua Armelinda Espúrio da Silva, 785 (dentro da Emeb Josias da Silva Macedo) e outro na Rua Cícero Ramos Meira, na “Praça do Doceiro”, no Jd. Nossa Senhora de Fátima.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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