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Campanha de coleta de frascos de vidro para armazenar leite materno continua

Objetivo da mobilização é ajudar bebês prematuros atendidos pelo Banco de Leite Humano de Campinas

Banco de Leite materno Hortolândia/SP

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada, mantém a ação em apoio a campanha de coleta de frascos de vidro. Os recipientes são recolhidos nas 17 unidades de saúde, ligadas à Atenção Básica, existentes no município, bem como em dois pontos no Paço Municipal Palácio das Águas, um na portaria principal, na Rua José Cláudio Alves dos Santos, 585, e outro na entrada lateral, ao lado do estacionamento, que dá acesso ao Protocolo Geral. Pequenos frascos de vidro, como os que armazenam café solúvel, palmito ou azeitona, podem salvar vidas. É o caso dos bebês prematuros e adoentados, que precisam deste recurso para continuar consumindo leite materno.

Um mês após o início da campanha, já foram recolhidos cerca de 150 potes de vidro. Todo este material é doado ao Centro de Lactação — Banco de Leite Humano de Campinas, uma instituição parceira da Prefeitura de Hortolândia. O Banco de Leite funciona no 5º andar da Maternidade, localizada na Av. Orozimbo Maia, 165, na Vila Itapura.

A campanha será mantida por tempo indeterminado. Podem ser doados potes de vidro, de qualquer tamanho. Em caso de dúvida, basta ligar para 3965-1400 Ramal 8665.

Além de auxiliar os bebês fragilizados, a mobilização também vai permitir que a instituição economize recursos que seriam gastos com a compra de potes. Em lojas especializadas em artigos de gestantes e bebês, frascos de vidro de 70ml a 300ml, específicos para coleta de leite humano, custam entre R$ 5 e R$ 7, cada.

Segundo a consultora internacional em amamentação e integrante do Comitê Municipal de Aleitamento Materno de Hortolândia, Ana Cecília Dias Aragão, responsável pela campanha, o objetivo é auxiliar o Banco de Leite de Campinas. “Ele tem dificuldade para comprar este material, que é fornecido gratuitamente às doadoras para a coleta de leite e nem sempre é devolvido”, afirma.

“O leite materno é digerido mais facilmente que as fórmulas. Para as crianças que estão na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ele é essencial, facilita a recuperação em razão do poder imunológico que só o leite materno tem”, explica Ana Cecília. “Com esta campanha, pretendemos favorecer a coleta do leite materno, o que vai permitir salvar a vida de muitos bebês, principalmente os prematuros e adoentados”, acrescenta.

Segundo a consultora, embora os bebês que nascem no Hospital Municipal e Maternidade Mário Covas não utilizem o material coletado no banco, filhos de mães de Hortolândia, com gestação de alto risco, atendidas pelo Caism/Unicamp, pela Maternidade de Campinas ou pelo Hospital Estadual Sumaré necessitam deste leite. Daí a importância do auxílio à instituição parceira.

“O melhor é o leite da própria mãe. Mas, para os bebês que estão na UTI neonatal, alguns com prematuridade extrema, abaixo de 1kg, é preciso usar o leite coletado pelo Banco”, explica a pediatra Claúdia Maria Monteiro Sampaio, coordenadora do Centro de Lactação. “É que, por causa do desgaste emocional destas mães, em razão do tempo de internação dos filhos e da necessidade de vir ao hospital diariamente (algumas vêm de outras cidades), a produção do leite materno é afetada. Então, o leite de outras mães, que é coletado em frascos esterilizados e pasteurizado, é muito importante para eles. Daí a importância desta coleta de frascos”, acrescenta Claúdia Sampaio.

O Banco de Leite de Campinas doou leite humano pasteurizado para 61 bebês, em abril, e 67, em maio. O volume de entrada de leite, no primeiro mês citado, foi de 53,53 litros, e, no segundo, de 51,8 l. O estoque da entidade era de 184,7 l, em abril, e 207 l, em maio.

Além de coletar e distribuir leite humano em 19 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas), o Banco de Leite também oferece o serviço de orientação às mães com dificuldades para amamentar. Basta ligar para a instituição no 3306-6039 e agendar um horário. O serviço é gratuito.

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