Coluna

O valor da obra de arte

Há aproximadamente quatro anos, em maio de 2013, a tela ‘Onement VI’, do pintor americano Barnet Newman (1905 – 1970), foi vendida por US$ 43,84 milhões em um leilão da Casa Sotheby’s de Nova York. A obra mostra dois retângulos de azul intenso divididos por uma linha em tom mais claro da mesma cor.

Em maio de 2016, ‘Black Fire I’, do mesmo artista, atingiu US$ 84,16 milhões Não foram poucos os que ficam surpresos com esses números do mercado de arte. Cabe lembrar que, na avaliação de uma obra, dois elementos são essenciais: o componente técnico e o simbólico.

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O primeiro diz respeito ao dialogo do artista com seus recursos técnicos. O segundo volta-se para as relações entre a arte, o sujeito e a sociedade, o que inclui o currículo do artista, a presença ou não de suas obras no mercado e o momento histórico que representa. A obra de Newman expressa uma pesquisa visual de cor em que associa um pensar com um fazer.

Seu trabalho é exemplar no expressar percepções de estar e sentir a existência. O resultado dessa forma de conhecer o mundo é consequência de todo um processo mental e plástico. O montante financeiro depende de muitos outros fatores, mas algo é certo: nada substitui o prazer de contemplar uma obra de arte ao vivo, o que está acima dos cifrões que atinge.

Oscar D’Ambrosio, Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.

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