Em uma decisão histórica, a Unicamp aprovou a reserva de vagas para pessoas com deficiência em seus cursos de graduação. O Conselho Universitário (Consu) aprovou por unanimidade, no dia 24 de setembro, a implementação do sistema de cotas, que será válido a partir de 2025. Cada curso terá uma ou duas vagas reservadas ou até 5% do total, em casos de vagas adicionais. As cotas estarão disponíveis para candidatos tanto de escolas públicas quanto privadas, por meio do Edital do Enem.
O novo sistema de cotas PcD (Pessoa com Deficiência) faz da Unicamp a primeira universidade estadual pública de São Paulo a adotar essa política. A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) será responsável pela validação dos documentos médicos dos candidatos, com uma junta de especialistas que fará uma avaliação biopsicossocial.
A implementação das adaptações físicas e estruturais nas unidades seguirá um cronograma. Em até dois anos, unidades sem necessidade de grandes adaptações deverão aderir ao programa. Em três anos, aquelas que exigem ajustes menores, e em cinco anos, as unidades que precisam de mudanças mais significativas, como a construção de laboratórios.
A Diretoria Executiva de Permanência Estudantil (Deape) informou que, atualmente, 123 alunos da Unicamp já recebem atendimento especializado, com 90 deles no espectro autista. Para a reitora em exercício, Maria Luiza Moretti, a decisão reflete o compromisso da universidade com a inclusão e a diversidade.
Estudantes e professores envolvidos na elaboração da proposta, como Simion Cruz e Bruna Bimbatti, do Coletivo Anticapacitista Adriana Dias, celebraram a aprovação, destacando o impacto positivo da medida para a comunidade PcD e a sociedade em geral. O Pró-Reitor de Graduação, Ivan Toro, reforçou que o desafio de implementar as cotas PcD será encarado com determinação.
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