Programa Medicamento em Casa avança e atende mais de 1.000 pacientes

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Terceira etapa do programa, lançada na terça-feira, dia 28 pelo prefeito Antonio Meira (PT), integra moradores da região do Novo Ângulo

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O Programa Medicamento em Casa, desenvolvido pela Prefeitura de Hortolândia, começou nesta semana a terceira etapa e passa a atender 1.095 pacientes. Destes, 280 são moradores de 24 bairros na região do Jardim Novo Ângulo, que ingressam no programa, promovido pela Secretaria de Saúde – Atenção à Urgência e Emergência, a partir de agora. A previsão é de que até junho, 1.500 pacientes, em toda a cidade, que fazem uso de medicamento contínuo, que integra a "cesta básica de medicamentos, sejam beneficiados pelo programa.

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Dados da Secretaria mostram o avanço gradual do programa, que busca garantir o acesso, regular e gratuito, a mais de 20 medicamentos de uso contínuo, integrantes da chamada “cesta básica” padronizada pelo município para o controle do diabetes e da hipertensão, bem como reavaliação médica pelo menos a cada seis meses aos munícipes cadastrados. Mas os números mudam quase que diariamente, em razão da procura nas farmácias das unidades de saúde. As próximas regiões a serem beneficiadas são o Jardim Amanda e o Jardim Nova Hortolândia.

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Durante a cerimônia de apresentação à comunidade local, no auditório da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Salvador Zacharias Pereira Jr., no Jardim Novo Ângulo, o prefeito Antonio Meira (PT) reafirmou a importância do programa, considerado um dos mais importantes de sua gestão. “Queremos substituir o sofrimento do munícipe na fila do posto de saúde pelo conforto do lar. Este é o objetivo do Medicamento em Casa: dar ao paciente a condição de receber o seu medicamento regularmente, trocando o desconforto da espera na fila no posto, no ônibus ou do trajeto a pé, pelo conforto do lar. Ele representa a valorização do ser humano e, por isso, merece todo o meu apoio”, declarou. “Quando todas as regiões estiverem sendo atendidas, vai beneficiar 5 mil pessoas”, destacou o prefeito.

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Satisfeita com a adesão dos munícipes ao programa, a secretária Paula Nista destacou o aspecto humano do Medicamento em Casa, obtido por meio do serviço de “farmácia clínica”, que consiste na orientação dada ao paciente durante a primeira visita sobre vários aspectos do tratamento, tais como cuidados no armazenamento, dosagem, efeitos colaterais e o trabalho de acompanhamento, com avaliações mensais sobre a adesão. Caso sejam verificados erros e dúvidas, é solicitada nova visita e orientação farmacêutica. “Eles esperam a visita das equipes na data combinada e isso faz aumentar a adesão ao tratamento. Tanto que eles até devolvem os medicamento que tinham em casa e que não são mais utilizados”, afirma. Outro aspecto importante, segundo Paula, é a revalidação periódica da receita (feita a cada três meses) e a reavaliação médica a cada semestre, com data e hora marcada previamente.

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ORIENTAÇÃO

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Financiado com recursos próprios do município, em parceria com o Estado e o Governo Federal, o “Medicamento em Casa” tem como público-alvo pacientes crônicos, diabéticos e hipertensos, atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) que, após cadastramento, passam a receber, mensal e gratuitamente, kits individuais de medicação em casa. Junto com os remédios, o paciente recebe um panfleto de orientação e quadro de horário para facilitar a ingestão da medicação na hora e da maneira correta.

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Uma inovação que começa a ser implantada nesta etapa surgiu da observação das equipes de farmacêuticos e técnicos na casa dos atendidos. Pacientes analfabetos ou com baixa escolaridade não conseguiam reconhecer, sem a ajuda de parentes e amigos, a medicação a ser tomada, o que põe em risco toda a eficácia do tratamento. Para contornar esta dificuldade passaram a usar etiquetas coloridas para identificar cada remédio. Além de coladas nas embalagens, elas são afixadas na tabela que controla os horários e a quantidade da medicação a ser ingerida.

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APROVAÇÃO

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Para a dona de casa Maria Aparecida Leite, de 64 anos, que é diabética e costuma ter picos de pressão alta quando fica nervosa, o atendimento em casa veio em boa hora. “Para mim, vai melhorar em tudo, vai ser mais fácil assim, porque tenho que cuidar de minha filha, que tem deficiência mental”, explica. “Melhor ainda, se vem com orientação”, complementa.

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Outra moradora da região que aprovou a ação da Prefeitura foi Leda Martins Silveira Teixeira, de 78 anos, que tem pressão alta e taxas de colesterol alteradas. Portadora de baixa visão, ela e o marido Severino Ferreira Fontes, de 64 anos, que é cego, além de hipertenso é diabético, já estão cadastrados no programa. “Moramos sozinhos e é um sacrifício para ir até o posto. Vai facilitar bastante. Muitas vezes, deixamos de ir retirar medicamento por não termos quem acompanhasse. Vai ajudar muito”, comemorou.

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