Para tutores de cães, gatos e outros pets, a segurança dentro de casa vai além da alimentação e cuidados diários. Na coluna dessa vamos semana vamos falar que escolher plantas que não representem perigo para os animais é fundamental para manter um ambiente saudável e livre de riscos.
Ter plantas em casa pode trazer uma sensação de bem-estar, ajudando a purificar o ar e a criar um ambiente mais aconchegante. No entanto, quando se é tutor de cães, gatos ou outros pets, é importante prestar atenção às espécies escolhidas, pois muitas plantas podem ser tóxicas e representar um risco à saúde dos animais.
Evitar plantas como o lírio, a comigo-ninguém-pode e a costela-de-adão pode prevenir problemas sérios e garantir que tanto os pets quanto os humanos convivam em harmonia com a natureza dentro de casa.
A seguir, vamos listar cinco tipos de plantas comuns que devem ser evitadas em lares com pets, explicando seus efeitos e os cuidados a serem tomados.
Lírio
O lírio é uma planta de extrema beleza, com suas flores brancas e elegantes, mas é uma das mais perigosas para gatos. Todas as partes do lírio, incluindo as pétalas, folhas e até mesmo a água de um vaso com a flor, são altamente tóxicas para felinos.
A ingestão de qualquer quantidade pode causar insuficiência renal aguda em gatos, levando a sintomas como vômitos, letargia e perda de apetite. Nos casos mais graves, a intoxicação pode ser fatal em apenas 72 horas se não for tratada imediatamente.
Já para cães, embora o lírio também seja tóxico, o impacto costuma ser menor. Mesmo assim, para garantir a segurança de todos os pets, é melhor evitar ter essa planta em casa.
Comigo-ninguém-pode
A comigo-ninguém-pode é uma planta ornamental bastante popular no Brasil, devido à sua resistência e à aparência vistosa. No entanto, ela é extremamente perigosa tanto para cães quanto para gatos, além de outros animais domésticos.
A planta contém cristais de oxalato de cálcio que, quando ingeridos, podem causar uma série de reações adversas, como irritação severa da boca, garganta e língua, salivação excessiva, dificuldade para engolir, vômitos e até asfixia em casos mais graves.
Além disso, o contato direto com a pele pode resultar em dermatites. É uma planta que, por sua toxicidade elevada, não deve ser mantida em ambientes frequentados por pets.
Costela-de-adão
A costela-de-adão é outra planta muito popular em decorações de interiores, com suas grandes folhas verdes e recortadas. No entanto, assim como a comigo-ninguém-pode, essa planta contém cristais de oxalato de cálcio que podem provocar sérias reações nos animais.
Quando ingerida, pode causar dores na boca, dificuldade em engolir, vômitos, inchaço da língua e da boca, além de um desconforto generalizado. Os gatos, por sua natureza curiosa, são especialmente propensos a mordiscar folhas, tornando essa planta um risco. Embora seu visual seja encantador, a segurança dos pets deve ser prioridade.
Azaleia
As azaleias são conhecidas por suas flores vibrantes e coloridas, que muitas vezes são usadas para enfeitar jardins e varandas. No entanto, essa planta é altamente tóxica para cães, gatos e até mesmo para aves.
Ela contém substâncias chamadas grayanotoxinas, que podem provocar sintomas como salivação excessiva, vômitos, diarreia, fraqueza e, em casos mais graves, arritmia cardíaca e convulsões.
A ingestão de uma pequena quantidade já é suficiente para causar intoxicação severa, por isso é essencial evitar o contato dos animais com essa planta, especialmente em ambientes internos.
Espada-de-são-jorge
Muito comum em residências e apreciada pela sua capacidade de purificar o ar, a espada-de-são-jorge é outra planta que deve ser evitada por tutores de pets. Ela contém saponinas, compostos que podem causar náuseas, vômitos e diarreia se ingeridos por cães e gatos.
Embora não seja uma planta letal, o desconforto gerado pela ingestão pode ser bastante intenso, e os sintomas podem durar várias horas. Além disso, é uma planta de fácil acesso, muitas vezes posicionada no chão ou em locais de fácil alcance para os animais. Portanto, é melhor optar por espécies não-tóxicas.
Agora que sabemos sobre algumas das plantas que devem ser evitadas, é importante mencionar como garantir que os pets estejam seguros em casa. O primeiro passo é se informar sobre as espécies de plantas antes de comprá-las, especialmente se você possui cães, gatos ou outros pets curiosos. Há uma vasta lista de plantas que são seguras e podem decorar o lar sem riscos.
Caso você tenha uma das plantas tóxicas mencionadas em casa e não deseje removê-la, uma solução é colocá-la em áreas inacessíveis para os pets, como prateleiras altas ou quartos onde os animais não entram. No entanto, vale lembrar que gatos, por exemplo, são excelentes escaladores, o que pode tornar essa estratégia menos eficaz.
Além disso, fique atento ao comportamento dos pets. Se notar que seu cão ou gato ingeriu alguma planta ou está apresentando sintomas como vômitos, salivação excessiva ou qualquer alteração comportamental, procure um veterinário imediatamente. O tratamento precoce pode ser crucial para evitar complicações.
Texto: Sérgio Dias
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