O transporte público brasileiro está passando por uma transformação histórica em 2025. No primeiro semestre do ano, 306 ônibus elétricos foram emplacados em todo o país — um salto de 141% em comparação com o mesmo período de 2024. Grande parte desse avanço foi puxado pela cidade de São Paulo, que concentrou 90% das novas unidades, reafirmando seu protagonismo na transição para uma mobilidade mais limpa e eficiente.
A capital paulista vem implementando ações concretas para eletrificar sua frota de ônibus desde 2018. O movimento é amparado pela Lei Municipal nº 16.802, que estabelece metas ambiciosas: até 2038, toda a frota de ônibus deverá operar com emissão zero de CO², além de reduzir em 95% os níveis de poluentes atmosféricos como material particulado e óxidos de nitrogênio.
A iniciativa começou ainda na gestão de João Doria, com licitações que priorizavam metas ambientais. Foi sob Bruno Covas, em 2019, que a implementação de fato começou. Já em 2022, o atual prefeito Ricardo Nunes deu um passo decisivo ao proibir a entrada de novos ônibus movidos a diesel no sistema municipal.
"A decisão foi tomada com base na urgência climática e no compromisso com a saúde pública", afirmou o prefeito.
Em junho de 2025, mais 34 ônibus elétricos entraram em operação apenas em São Paulo — um crescimento de 278% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além da capital, cidades como São Bernardo do Campo (11 unidades), Ribeirão Preto (4), Campinas (2) e Barueri (1) também avançaram na adoção de veículos elétricos.
Apesar dos bons resultados em São Paulo, outras regiões do Brasil ainda caminham em ritmo mais lento. Cidades como Goiânia, Salvador e Cariacica registraram emplacamentos pontuais, enquanto capitais como Brasília, Belo Horizonte e Recife continuam com baixa adesão aos ônibus elétricos.
Entre os principais obstáculos estão a falta de infraestrutura adequada, financiamento e planejamento integrado entre prefeituras e operadores de transporte.
O PAC Cidades tem desempenhado um papel importante ao oferecer incentivos à produção nacional de tecnologias limpas e ao financiamento da eletrificação do transporte público. No entanto, os resultados ainda dependem da articulação entre os governos locais e o setor privado.
No setor industrial, sete fabricantes se destacaram nas vendas no primeiro semestre de 2025. Veja o ranking:
Empresas como Marcopolo e Volvo não registraram vendas no período analisado. No entanto, a Marcopolo entregou 95 ônibus elétricos em julho, fora do intervalo considerado.
Vale lembrar que São Paulo mantém 201 trólebus em operação, reforçando uma tradição que começou ainda em 1949. O pioneirismo da cidade é sustentado por legislação específica, gestão comprometida e um histórico de iniciativas voltadas à sustentabilidade na mobilidade urbana.
Com metas ambiciosas e ações concretas, a capital paulista segue sendo exemplo para o restante do país no caminho da transição energética no transporte público.
fonte alpha autos
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