O Brasil é uma nação onde a concentração de alguns nomes e sobrenomes revela padrões históricos e culturais marcantes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (4) mostram que, a cada cem brasileiros, seis se chamam Maria - totalizando 12,3 milhões de pessoas. Em algumas cidades cearenses como Morrinhos e Bela Cruz, essa proporção salta para 22% da população.
Os sobrenomes também seguem tendências impressionantes: 34 milhões de brasileiros (16% da população) são Silva, sendo que em seis municípios de Pernambuco e Alagoas mais de 60% dos habitantes compartilham este sobrenome.
Os dados fazem parte do site interativo "Nomes do Brasil", que permite consultas sobre ocorrência, período de nascimento e distribuição geográfica de nomes e sobrenomes com base no Censo 2022.
A ferramenta revela curiosidades temporais: o auge dos nascimentos de Marias ocorreu entre 1960 e 1969 (2,5 milhões), enquanto entre 2020 e 2022 o número caiu para 517 mil. Em contraste, nomes como Gael, Ravi e Valentina experimentaram crescimento exponencial a partir de 2010 - Gael saltou de 763 registros na primeira década do século para 96,5 mil entre 2020 e 2022.
O ranking dos mais populares mostra Maria (12,2 milhões) e José (5,1 milhões) como líderes absolutos, seguidos por Ana e João. Entre os sobrenomes, Silva lidera com ampla vantagem (34 milhões), seguido por Santos (21,3 milhões) e Oliveira (11,7 milhões). O IBGE identificou mais de 140 mil nomes e 200 mil sobrenomes distintos na população brasileira.
Mulheres
Homens
Sobrenomes
Fonte: Agência Brasil
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