Temas como acessibilidade e conscientização da comunidade dominaram a pauta da Reunião do Núcleo Regional III, nesta quarta-feira (09/10)
Representantes de 12 municípios, vinculados ao Núcleo Regional III, do CEAPCD (Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência) reuniram-se em Hortolândia, nesta quarta-feira (09/10), para discutir a implantação de políticas públicas neste segmento. Realizado bimestralmente, o encontro trouxe à cidade sede, comitivas de Capivari, Pirassununga, Sumaré, Valinhos, Campinas, Paulínia, Mogi Mirim,Vinhedo, São João da Boa Vista, Socorro e Vargem Grande do Sul.
O evento aconteceu no Royal Festas e Eventos, no Remanso Campineiro, e contou com a presença das secretárias Cleudice Baldo Meira (Educação), Rosana Nascimento (Inclusão e Desenvolvimento Social) e Sandra Fagundes Freire (Chefia de Gabinete); da presidente do Núcleo Regional III, Ana Laura Trentin Guimarães Rotoli, e da presidente do CMPCD de Hortolândia (Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência), Éllen Ribeiro. A vice-prefeita e secretária de Governo, Renata Belufe, representou o prefeito Antonio Meira.
“Estamos felizes em recebê-los aqui para planejar as ações e organizar o trabalho na região”, disse a secretária, Sandra Fagundes Freire. Depois das boas vindas aos visitantes, o grupo “Dança para Todos”, formado por jovens e adultos do CIER (Centro Integrado de Educação e Reabilitação) Romildo Pardini, unidade escolar da rede municipal, apresentou um número musical, sob a orientação da terapeuta ocupacional Ângela Rocha.
Para Elaine Gombrade, chefe do Setor de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, órgão da Secretaria de Chefia de Gabinete, realizar a reunião do Núcleo em Hortolândia significa “valorizar o município, colocá-lo em atividade junto com as demais cidades que, tendo ou não Conselho, trocam experiências, somam esforços na luta da pessoa com deficiência”. Profunda conhecedora do tema, a servidora explica que, muito embora os municípios não sejam obrigados a ter o Conselho, criar este tipo de fórum representa “uma força a mais, um diferencial para as cidades. O Conselho é de suma importância porque é o local onde, em conjunto, a comunidade, a sociedade civil e o poder público trabalham e podem fazer as discussões em prol deste segmento”, destaca.
“É um privilégio para a cidade de Hortolândia receber os municípios vizinhos e compartilhar os desafios que temos para a inclusão das pessoas com deficiência”, ressaltou Rosana Nascimento, secretária de Inclusão Social, ao qual o CMPCD de Hortolândia se vincula. “O Conselho é o primeiro passo para um avanço. Temos muito a fazer. Existem vários desafios relacionados a esta política. Um deles é fazer com que as pessoas que não possuem nenhum tipo de deficiência tenham o entendimento dessa luta para que a política para a pessoa com deficiência seja implantada nos municípios. E a diferença pode estar nos detalhes. Aqui, temos uma facilidade de trabalhar em razão da sensibilidade do prefeito com relação ao tema”, complementa Rosana.
“Nosso governo preocupa-se com a inclusão da pessoa com deficiência. Estamos levando acessibilidade às escolas. Lá no CIER, que não tinha rampa de acesso ao palco, agora já tem. Há, também na Educação, outras ações como o método de ensino para incluir os deficientes visuais. Hoje melhorou, mas queremos avançar ainda mais”, afirmou a vice-prefeita Renata Belufe.
Após destacar que há, no Brasil, atualmente, 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, a presidente do Núcleo Regional III, Ana Laura Rotoli, afirmou que a luta da PCD é por um espaço maior em duas vertentes: a conscientização de toda a sociedade e a acessibilidade. “Sem a acessibilidade, ninguém vai a lugar nenhum. Com ela, as pessoas com deficiência vão ter mais condições de serem realmente incluídas”, destaca.
“A construção de um plano municipal e a implantação desta política em todos os municípios é um desafio muito grande para todos nós. Tanto na cidade de Hortolândia, quanto nos outros municípios, as Prefeituras têm que trazer a possibilidade da construção de Conselhos e a discussão desta política, que tem que ser feita junto com a comunidade, não pode ser de cima para baixo. Então, num primeiro momento, é a construção do Conselho e num segundo, é definir, junto com os nossos munícipes, qual é política municipal que deve ser implantada na cidade”, afirmou a secretária Rosana.
A fala da secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira, foi no mesmo sentido: embora seja uma ferramenta rumo à inclusão, a legislação por si só não representa a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. “A inclusão se dá com todos nós, com a conscientização de cada um, com a sociedade querendo isso, com cidadania e a igualdade de direitos. Olhar para o deficiente é olhar para as características que têm e possibilitar, através das relações com as pessoas, nas suas atitudes no dia a dia, anti-discriminatórias, que ele tenha a sua igualdade, a sua individualidade respeitada”, esclarece.
Ao final dos trabalhos, o colegiado decidiu realizar no dia 17 de setembro de 2014 uma reunião com a presença de todos os municípios integrantes do Núcleo para celebrar o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência.
Fonte: Assessoria de Comunicação / Prefeitura de Hortolândia
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