Moradora de Hortolândia registra em caderno busca pela casa própria

A dona de casa Creusa Maria Batista Melo, 61, moradora em Hortolândia, registrou em um caderno a trajetória percorrida em busca da moradia própria. A história se arrasta por quase cinco anos e teve início em 2009, quando ela se escreveu no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A moradora chegou a ser sorteada, em 2012, mas não teve acesso ao imóvel. Ela culpa a administração municipal de tê-la enganado.

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Creusa mora com o marido, de 76 anos, que vive de cama, na Rua Júlia Costa Camargo, no Jardim Santa Clara do Lago I, desde 2009. No caderno brochura, no qual passou a fazer anotações após sofrer um começo de derrame, ela relatou que, sob influência de um cabo eleitoral, procurou a SeUrb (Secretaria de Urbanização) de Hortolândia para se cadastrar no Minha Casa, Minha Vida. A inscrição foi feita em 6 de agosto de 2009.

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“Fui enfrentar fila enorme. Passei fome e sede”, escreveu a dona de casa, sobre o processo enfrentado para fazer a inscrição no programa. O cadastro, segundo relatou no caderno, foi preenchido por uma mulher de nome Ana Lima Silva Ferreira e armazenado sob o número 2.312.

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Três anos e vinte dias se passaram e, em 26 de agosto de 2012, Creusa soube que teria direito a um dos apartamentos do condomínio Bertioga ou Guarujá, ambos no Jardim Novo Ângulo. Ela relatou no caderno: “Ligaram para o pastor da igreja e pediram para ele me avisar que eu estava na fila de espera”.

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O sorteio que colocou Creusa no décimo primeiro lugar da fila de espera foi realizado no dia 26 na EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Janilde Flores Gabi do Vale. À época, a listagem foi publicada na página de editais do Jornal Folha Popular e hoje está disponível no site da prefeitura de Hortolândia.

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Creusa passou a procurar informações sobre o programa na Secretaria de Habitação da cidade.

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DOCUMENTAÇÃO

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De acordo com as anotações no caderno de Creusa e de relatos dela à reportagem, os problemas com o Minha Casa, Minha Vida tiveram início no período de entrega de documentos. “Da época do sorteio, em agosto de 2012, eu só fiquei sabendo do processo de integração depois do Carnaval de 2013”, contou ao TodoDia.

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Entre agosto de 2012 e o Carnaval de 2013, conforme escreveu no caderno, Creusa procurou a Secretaria de Habitação e conversou com assistentes sociais. “A (assistente social) Lurdinha e outro senhor me dispensaram para eu vir para casa”, escreveu, sobre uma funcionária da Habitação que, contou, foi demitida.

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O pastor da igreja fez um novo contato e pediu que Creusa retornasse à secretaria para entregar a documentação solicitada.

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“Lurdinha pediu para aguardar em casa, só que ela nunca fez um relatório de nada do meu processo.”

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A dona de casa soube, em 6 de junho de 2013, que não seria contemplada pelo programa.

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“Alegaram para mim que a Caixa recusou o meu contrato, mas é mentira. Fui passada para trás pela Lurdinha”, acusa Creusa. A reportagem não conseguiu informações para identificar e localizar a assistente social acusada pela dona de casa.

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Fonte: tododia.com.br

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