A Lei da Reciprocidade Comercial entrou em vigor nesta segunda-feira (14), após ser sancionada na última sexta-feira (11) e publicada no Diário Oficial da União. A nova norma autoriza o governo federal a adotar medidas comerciais contra países ou blocos que impuserem barreiras unilaterais aos produtos brasileiros no mercado internacional.
De acordo com o Palácio do Planalto, a Lei da Reciprocidade Comercial representa uma resposta direta à escalada da guerra comercial provocada por países que adotam políticas protecionistas, como os Estados Unidos. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional no início do mês e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem vetos.
A legislação permite que o Brasil reaja formalmente a práticas que impactem negativamente a competitividade de seus produtos. Segundo o Artigo 3º da norma, o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) está autorizado a adotar contramedidas, como restrições à importação de bens e serviços, desde que haja tentativa prévia de negociação entre as partes envolvidas.
A sanção ocorre em um momento de tensão no comércio internacional, especialmente após medidas dos Estados Unidos que impuseram tarifas de 10% sobre produtos brasileiros, exceto aço e alumínio, que sofreram sobretaxas de 25%. A elevação dessas tarifas afetou de forma significativa empresas brasileiras do setor, que estão entre os principais exportadores desses metais para o mercado norte-americano.
Durante a 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, o presidente Lula criticou as tarifas aplicadas pelos EUA e reafirmou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para buscar soluções antes de aplicar medidas retaliatórias.
A Lei da Reciprocidade Comercial estabelece critérios claros para as ações de resposta do Brasil a práticas comerciais unilaterais que interfiram nas decisões econômicas e políticas soberanas do país. Entre os principais pontos do texto estão:
A medida visa proteger os interesses comerciais do Brasil em meio a um cenário internacional de crescente protecionismo. Ao permitir que o país reaja formalmente a sanções ou barreiras impostas por outras nações, o governo espera fortalecer a posição do Brasil em negociações internacionais e garantir maior equilíbrio nas relações comerciais.
Especialistas do setor de comércio exterior consideram que a aplicação da Lei da Reciprocidade Comercial poderá aumentar a pressão diplomática por soluções negociadas e reduzir os impactos econômicos de medidas unilaterais contra o país.
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