Justiça determina que governo mantenha radares de velocidade em pleno funcionamento nas rodovias federais

A juíza substituta Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal de Brasília, determinou, na noite desta segunda-feira (18), que o governo federal mantenha em pleno funcionamento os radares de velocidade instalados nas rodovias federais. Os equipamentos haviam parado de operar por falta de recursos destinados à manutenção. A decisão cabe recurso.

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De acordo com a determinação, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) terá 24 horas para notificar todas as concessionárias responsáveis, exigindo a retomada imediata da operação dos radares.

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A magistrada também estipulou multa diária de R$ 50 mil por radar desligado, valor que será aplicado tanto às empresas responsáveis pela manutenção quanto ao próprio Dnit, caso haja demora na notificação das concessionárias.

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Histórico do caso

A ação teve origem em 2019, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, que havia ameaçado desligar milhares de radares em todo o país. Na ocasião, foi firmado o Acordo Nacional de Radares, que estabeleceu a obrigação de manter 100% dos equipamentos em operação em trechos considerados críticos, definidos por índices de acidentes e mortalidade.

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Neste ano, porém, o Dnit informou à Justiça que os contratos de manutenção foram suspensos devido à falta de recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. Segundo o órgão, são necessários R$ 364,1 milhões para manter o sistema, mas apenas R$ 43,36 milhões foram destinados no Orçamento.

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A Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans) também alertou que, com a suspensão, não seria possível manter todos os radares ativos. A entidade destacou que a arrecadação com multas de trânsito ultrapassa R$ 1 bilhão ao ano, e que a suspensão dos contratos representa perda de mais de R$ 500 milhões em receita líquida, além de comprometer a segurança viária.

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Impactos na segurança

Na decisão, a juíza Diana Wanderlei destacou que a medida do governo coloca em risco a vida dos motoristas:

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“Ou seja, em dose dupla, a União está abrindo mão de receitas e comprometendo a segurança viária, incentivando as altas velocidades nas rodovias e, por conseguinte, as mortes no trânsito já aumentaram”, escreveu a magistrada.

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Prazos estabelecidos

Além da retomada imediata do funcionamento dos radares, a Justiça determinou que:

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  • O governo federal apresente, em até cinco dias, o planejamento orçamentário para garantir os pagamentos referentes à manutenção dos equipamentos.
  • O Dnit informe, em 72 horas, os impactos do apagão de radares e detalhe o valor exato necessário para cumprir o acordo judicial.
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📌 Resumo

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  • Radares devem voltar a operar em até 24 horas.
  • Multa de R$ 50 mil por equipamento desligado.
  • Governo deve apresentar plano de recursos em 5 dias.
  • Orçamento atual prevê apenas R$ 43,36 milhões frente à necessidade de R$ 364,1 milhões.
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