Na última semana, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sugeriu que o Brasil reimplante o horário de verão. Contudo, o governo federal ainda está avaliando essa possibilidade antes de tomar uma decisão definitiva.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que uma decisão deve ser anunciada em breve. Se a medida for aprovada, poderá ser implementada ainda em 2024, embora não necessariamente durante todo o período de verão, que vai de 21 de dezembro de 2024 a 20 de março de 2025. Silveira ressaltou que, apesar da recomendação do ONS, não há risco energético iminente para 2024, devido ao planejamento estratégico em andamento. No entanto, ele alertou que é importante considerar o longo prazo, especialmente para 2025 e 2026.
O horário de verão é visto como uma medida que pode contribuir para a sustentabilidade energética, semelhante ao que ocorre no Canadá. O ministro reconheceu que a implementação do horário de verão tem implicações que vão além da energia, afetando a economia e a vida cotidiana das pessoas. Ele enfatizou que, embora possa reduzir a necessidade de usinas térmicas durante horários de pico, é uma decisão que precisa ser cuidadosamente ponderada.
A volta do horário de verão não é um consenso entre os brasileiros. Um levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que 54,9% dos entrevistados apoiam a mudança. Desses, 41,8% são totalmente favoráveis e 13,1% parcialmente favoráveis. No entanto, 25,8% se opõem totalmente à medida.
Os dados mostram que o apoio é mais forte nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Sudeste, 56,1% estão a favor, enquanto no Sul o número sobe para 60,6%. A pesquisa também indicou que 43,6% acreditam que o horário de verão ajuda a economizar energia elétrica.
Na região Sul, 51,8% consideram que a mudança é benéfica para o comércio, e 41,7% afirmam que suas cidades se tornam mais atrativas para o turismo durante o horário de verão. Além disso, 35,2% dos entrevistados se sentem mais seguros ao sair para o trabalho durante esse período, enquanto 19,5% se sentem menos seguros.
Com a possibilidade do retorno do horário de verão, a expectativa é de que a decisão do governo leve em conta tanto os benefícios energéticos quanto as percepções da população. A discussão continua, e a participação da sociedade será crucial para moldar essa política.
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