Escorpiões e pets: o aumento dos acidentes com escorpiões no Brasil preocupa não apenas pela ameaça à saúde humana, mas também pelo risco aos animais de estimação. Cães e gatos, curiosos por natureza, acabam mais vulneráveis, principalmente no verão, quando as altas temperaturas e o acúmulo de entulho favorecem a presença desses aracnídeos nas áreas urbanas.

Segundo dados oficiais, só em 2024 foram mais de 195 mil registros de acidentes com escorpiões no país, com maior concentração nas regiões Sudeste e Nordeste. A expansão das cidades e a abundância de baratas – principal alimento desses animais – aumentam a proximidade com os lares.

Riscos para cães e gatos

Animais domésticos correm mais perigo porque exploram frestas, buracos e materiais acumulados, locais típicos de abrigo dos escorpiões. Os sintomas mais comuns após a picada incluem:

• dor intensa e inquietação;
• tremores e salivação excessiva;
• alterações gastrointestinais;
• dificuldade respiratória e convulsões em casos graves.

Em situações extremas, a picada pode levar à morte, especialmente em filhotes e animais de pequeno porte.

O que fazer em caso de picada

A recomendação dos especialistas é levar o pet imediatamente ao veterinário. O tempo de resposta é crucial. Algumas orientações importantes:

• não aplicar gelo ou remédios caseiros;
• não espremer o local da picada;
• manter o animal calmo, evitando esforço físico;
• se possível, levar uma foto ou identificação segura do escorpião.

Prevenção: o cuidado que salva vidas

A melhor forma de proteger os pets é prevenir a presença de escorpiões:

• manter quintais e casas limpos;
• evitar acúmulo de entulhos, madeira e restos de obra;
• vedar portas, janelas e ralos;
• instalar barreiras físicas contra a entrada dos aracnídeos.

Mesmo em apartamentos, os animais não estão livres de risco. Escorpiões podem entrar por tubulações e pequenas frestas, por isso a vigilância deve ser constante.

Conscientização é essencial

Embora o escorpião não ataque de forma ativa, sua presença em ambientes domésticos exige atenção redobrada. Tutores precisam adotar medidas preventivas e buscar atendimento especializado ao menor sinal de acidente.

Assim, a combinação de informação, limpeza dos ambientes e ação rápida em emergências é fundamental para proteger cães e gatos, garantindo segurança tanto em áreas urbanas quanto rurais.