O momento é de cautela para as empresas da RPT (Região do Polo Têxtil) que exportam seus produtos para a Argentina. Além da crise nas finanças internas, o país vizinho entrou em calote "técnico" por não ter acertado uma dívida com fundos dos Estados Unidos - o governo argentino não reconhece a dívida.
A Argentina lidera o ranking de destinos do comércio exterior de duas das cinco cidades da região (Americana e Sumaré), além de estar entre as principais nas outras três. O país comprou 37,5%, o equivalente a US$ 171,2 milhões, do volume de exportações da região no primeiro semestre deste ano, segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Para o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Americana, Carlos Frederico Faé, esse tipo de acontecimento para o exportador interfere diretamente na confiança". "As empresas exportadoras acabam reduzindo ou tendo mais cautela nos negócios pela incerteza do recebimento pelas vendas realizadas. Não quer dizer que todos vão parar ou estancar as exportações por conta disso, pois os compradores possuem relações de anos com os exportadores. Mas, de qualquer forma, qualquer crise política ou econômica acende um alerta para que as empresas que vão vender tomem mais cuidados, principalmente em relação a crédito e prazos. Isso gera insegurança no produtor que vai vender para esse país, sem dúvida", diz.
Em Americana e Sumaré, cidades que lideram o comércio exterior com a Argentina na região, os negócios com o país representam 42,3% e 36,9% na participação das exportações, respectivamente. Somadas as duas cidades, foram US$ 108,3 milhões negociados no primeiro semestre. A Argentina ainda tem lugar de destaque nas outras três cidades. É o segundo principal destino das exportações de Hortolândia, atrás dos Estados Unidos. Em Santa Bárbara d'Oeste é o terceiro e em Nova Odessa, o quarto destino.
Fonte: liberal.com.br
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!