O Conselho Universitário da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aprovou a criação de um sistema de cotas destinado a estudantes com deficiência que buscam ingressar nos cursos de graduação da instituição.
Com essa decisão, a Unicamp reservará entre uma e duas vagas por curso, ou até 5% do total de vagas disponíveis, para candidatos com deficiência. A medida visa ampliar a inclusão e assegurar mais oportunidades de acesso ao ensino superior.
As vagas reservadas para o ano letivo de 2025 estarão disponíveis no edital do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e os candidatos poderão se inscrever, independentemente de terem estudado em escolas públicas ou privadas.
Os conselheiros determinaram que os candidatos devem declarar sua deficiência e anexar os documentos médicos correspondentes no momento da inscrição. A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) organizará uma junta de especialistas, que fará uma avaliação biopsicossocial para validar a documentação. Essa equipe multidisciplinar garantirá uma análise rigorosa e justa.
Com a implementação dessa política, a Unicamp se torna a primeira universidade estadual pública de São Paulo a adotar um sistema de cotas para pessoas com deficiência (PcD), reafirmando seu compromisso com a inclusão e a diversidade no ambiente acadêmico.
Atualmente, segundo a Diretoria Executiva de Permanência Estudantil (Deape), a Unicamp atende 123 estudantes que solicitaram apoio especializado, dos quais 90 fazem parte do espectro autista.
"Hoje é um dia muito feliz para a comunidade acadêmica. Era um desejo da comunidade e desta gestão", declarou a reitora em exercício, Maria Luiza Moretti, após a aprovação. "É um compromisso enorme da Unicamp, mas vamos conseguir atender, podem ter certeza disso", completou.
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