Algumas frutas como a laranja pera, o limão e o mamão também tiveram alta. Mas, segundo o coordenador do mercado hortigranjeiros do Ceasa Campinas, Marcio de Lima, o aumento não tem influência do tempo, mas sim da demanda que essa época do ano e o calor excessivo, neste ano específico, tem. As demais frutas como o abacaxi, a banana, a maçã, o maracujá, entre outras, estão com o preço estável em relação ao ano passado.
O alface também sofreu um aumento no preço, mas a causa também é a demanda que a hortaliça teve. “Esse tempo de estiagem acaba sendo favorável para as produção das hortaliças. Se o tempo continuar muito seco por algum tempo, esses alimentos até podem sofrer alguma influência, mas nada que uma ou duas chuvas não resolva, pois as verduras têm um ciclo rápido”, disse o especialista.
Já os legumes tiveram alta devido à baixa produtividade por conta da chuva. A abobrinha custava R$1,75/kg no ano passado, comparado a R$3,25 neste ano. A berinjela, que valia R$1,25/kg, hoje é vendida a R$2,70. O jiló teve uma alta de 100%. Custava R$2 o quilo e neste ano custa R$4.
A boa notícia aos consumidores é o tomate. No ano passado, estava sendo vendido a R$4/kg e neste ano os preços registrados são de R$3,25. “O tomate não sofreu com a meteorologia, pelo contrário, o legume está em plena condição”, explicou Lima.
As hortaliças raízes também não tiveram influência do tempo. Segundo Lima, as condições climáticas atuais também favorecem a produção. A batata comum, por exemplo, valia R$2,20 o quilo no ano passado e neste ano está sendo comercializada a R$1,80. A batata doce, que teve um aumento de R$0,90, também foi influenciada pela alta demanda.
Já em relação à qualidade dos legumes, a informação pode não ser tão otimista. “A qualidade dos alimentos são influenciadas pela estiagem, pois elas ficam mais fibrosas por falta de água”, falou Lima.
A dona de casa Maria das Graças Pereira disse que notou uma diferença no preço dos legumes, principalmente no da abobrinha e do jiló, mas segundo ela, o que está desestimulando a compra dos alimentos é a falta de beleza deles nas gôndolas. “Eu percebi que o preço de alguns alimentos subiu, mas não foram todos. De qualquer forma, eles não estão bonitos de se olhar. Mas na hora que a gente come fica tudo normal”, disse ela.
Todos os valores mencionado são os aplicados no Ceasa e não nos supermercados.
FONTE: Pagina Popular
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