Advogado de Valdeci de Jesus fala em golpe político

O advogado Marcelo Valdir Monteiro, que cuida do caso do vereador Valdeci de Jesus, condenado a 16 anos e oito meses de prisão, acusado de estuprar o sobrinho de 16 anos em 2005, afirmou que a denúncia de crime sexual, segundo o próprio vereador, teria motivações políticas. O jurista conversou com a reportagem na tarde de terça-feira.

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"Nós iremos recorrer, será uma revisão criminal. A vítima antes do julgamento chegou a protocolar uma carta falando que o caso não existiu estupro", contou o advogado a reportagem. "Além disso, o pai da vítima e o tio também forneceram declarações dizendo que não houve estupro", completou.

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O jurista ainda informou à reportagem que, quando conversou com o vereador, o mesmo teria afirmado que, em 2005, quando houve a acusação de estupro, o fato teria sido um golpe de oposicionistas que, na época, queriam prejudicar o vereador, líder comunitário. "Ele era liderança e fizeram uma coisa para prejudicá-lo", contou o advogado.

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Mesmo contrariando as informações do processo, onde é afirmado que o vereador cometeu o estupro, ou seja, houve conjunção carnal, o jurista afirma que o exame de corpo de delito deu negativo. A reportagem tentou contato com a Polícia Civil de Hortolândia, mas ninguém foi encontrado.

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"Vamos recorrer, o laudo deu negativo, a vítima disse que não existiu estupro, o tio também, mas o que vale é a palavra do juiz, que não reconheceu essas provas no processo", enfatizou. "São elementos novos que nos levam a revisar o processo", informou.

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De acordo com o advogado, o pai do rapaz, supostamente vítima, iria até a Delegacia para conversar com o delegado. "Devem ter algum outro interessa para ter feito. Desde fevereiro o mandado já estava em aberto. Mas só agora vieram cumprir", declarou o advogado.

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FUGA

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O vereador está foragido desde sexta-feira e segundo seu advogado, até agora não entrou em contato com o advogado. "Não consegui falar com ele desde que o episódio estourou na mídia. Os parentes moram longe e os celulares não pegam direito", explicou o jurista.

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O advogado ainda contou que nunca houve nenhuma ameaça contra a família. "Nunca houve ameaça, ele nem mantinha contato com a vítima", contou. "Alegação era de que eles mantinham uma conjunção carnal. Ele afirma que nunca existiu nenhum tipo de relação sexual com o sobrinho. Como ele era representante de bairro, adversários teriam chamado o menino e o feito fazer a denúncia", concluiu.

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O parlamentar continua foragido e o caso segue em apuração.

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