Formação oferecida pela Prefeitura busca promover inclusão de surdos na rede municipal
A noite desta terça-feira (22/10) foi de formatura para os inscritos no Curso Livre Básico de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), promovido pela Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação. Os certificados foram entregues no auditório do Centro de Formação Paulo Freire, no Remanso Campineiro.
Ao disponibilizar a formação, a Prefeitura pretende contribuir com a inclusão de alunos surdos ou com perdas auditivas nas escolas de Ensino Fundamental e Educação Infantil do município. O curso, inteiramente gratuito, teve a duração de 160 horas.
A solenidade reuniu cerca de 150 pessoas, entre formandos, familiares, autoridades e demais gestores educacionais. Entre os quinze formandos estão servidores públicos, membros da comunidade, professores e funcionários de outras instituições. A vice-prefeita e secretária de Governo, Renata Belufe, representou o prefeito Antonio Meira.
“A proposta é capacitar o maior o número de professores para o trabalho de inclusão. A previsão é que, no próximo ano, os educadores recebam uma formação mais avançada”, informou o Diretor do Centro de Formação Paulo Freire, Aparecido Donizeti Chagas de Faria.
Um dos momentos marcantes da cerimônia foi a leitura de uma carta, em nome do grupo, feita pela aluna e educadora infantil, Lílian do Amaral Lopes, da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Profª Zenaide Lira Seorlin, que enfatizou a importância do curso e sua continuidade. “A expectativa do grupo é avançar e continuar com o apoio da Prefeitura em promover cursos especializados para colaborar, além da formação profissional, com a atuação em nosso campo de trabalho, em nossa cidade", disse Lílian.
A vice-prefeita parabenizou os formandos e destacou a importância da sociedade em aprender, aperfeiçoar e transmitir os conhecimentos inerentes à inclusão e LIBRAS. “Hoje simboliza mais uma ação que indica que estamos no caminho certo. É uma noite de superação. Aqui estão pessoas que se dedicaram por quase dois anos para realizar este sonho e isso só acontece com amor ao próximo e qualidades profissionais. Parabéns a cada um por aceitar o desafio de fazer uma Hortolândia cada dia melhor e inclusiva”, afirmou Renata.
Outro momento importante foi a interpretação de hinos evangélicos pelo casal Carlos Alberto de Oliveira e Rosemeire Selis de Oliveira, ambos servidores públicos da Prefeitura, ele como motorista da Central de Ambulâncias e ela, educadora infantil. “Fazer este curso trouxe uma nova visão do mundo, me ajuda todo dia a melhorar como ser humano e saber que aprendi uma nova linguagem que posso usar no meu trabalho, na igreja e ser um instrumento de comunicação entre surdos e ouvintes. É gratificante e necessário no mundo de hoje”, comentou Carlos.
“Com esse trabalho, a Secretaria Municipal de Educação fortalece o compromisso com a igualdade de oportunidades e o processo de inclusão das pessoas com necessidades especiais na sociedade e entende que não é possível pensar em educação inclusiva, sem acreditar que fazemos parte dela. A inclusão, de fato, só acontece quando há respostas às diferenças”, ressaltou a primeira-dama e secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira.
As aulas foram ministradas pela professora Elaine Aparecida da Silva. “Este é quarto módulo, que começou em março deste ano, mas já estamos trabalhando e promovendo cursos desde 2011. São mais de 200 alunos inscritos. É um movimento que vem ganhando forças com profissionais da escola e da comunidade. Pessoas que querem atuar na sociedade nesta área, nas empresas da cidade. É um grande passo”, disse.
Já a diretora do CIER (Centro Integrado de Educação e Reabilitação Romildo Pardini), Zilda Rodrigues Rossi, concorda com as melhorias que o curso trouxe na comunicação dos alunos, das famílias e da escola. “A inclusão só se faz com o envolvimento das pessoas, com a vontade de fazer mudar aquilo que não antes acontecia. O compromisso da formação profissional garante qualidade educacional aos alunos com diferentes deficiências”, avaliou.
A LIBRAS é a língua de sinais usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros e reconhecida pela Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. A linguagem é derivada tanto de uma língua de sinais autóctone (local, natural da região) quanto da língua gestual francesa, por isso é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A LIBRAS não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte. No Brasil, o poder público e as empresas concessionárias de serviços públicos são obrigados a garantir formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do País.
Confira a lista de formandos:
Carlos Alberto de OliveiraCélia Maria Bonatti CorreaClaudia Cristina Rodrigues da RochaDébora Cristina de BairrosJosefa dos Santos Rodrigues AndradeLuciana SilvaLílian do Amaral LopesLeonor da Silva Pereira AndradeLuana Cíntia Rosa ParraLucimara Aparecida Ramos RochaMaria Claudia Pereira da SilvaRita de Cássia MateusRosemeire Selis de OliveiraSheila Maria dos SantosSilvana Maria Pereira de Sousa
Fonte: Assessoria de Comunicação / Prefeitura de Hortolândia.
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