O número de diagnósticos de diabetes em cães e gatos tem aumentado no Brasil, trazendo à tona a importância da alimentação adequada e do controle de peso na rotina de cuidados. A doença, silenciosa em muitos casos, exige atenção dos tutores para que o diagnóstico seja precoce e o tratamento eficaz.
Assim como em humanos, o diabetes mellitus em animais de companhia surge quando há falhas na produção ou no uso da insulina. O quadro é mais comum em animais idosos ou com sobrepeso, mas pode afetar pets de diferentes idades. Segundo Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do CEUB, a participação ativa do tutor é essencial para o controle da doença e para garantir qualidade de vida ao pet.
Sintomas do diabetes em pets
Os sinais mais comuns estão relacionados aos chamados “4 Ps”:
- Perda de peso
- Poliúria (urinar em excesso)
- Polidipsia (sede exagerada)
- Polifagia (aumento do apetite)
Além disso, é possível observar apatia, vômitos, cegueira súbita e, nos gatos, dificuldade de locomoção com as patas traseiras. Em casos graves, podem ocorrer desidratação, insuficiência renal e pancreatite.
Fatores de risco
O sobrepeso, a idade avançada e doenças pré-existentes como pancreatite aumentam as chances de desenvolvimento da doença. Pesquisas apontam que gatos acima de 6,8 kg têm o dobro de risco de desenvolver diabetes, especialmente após os sete anos de idade.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue e urina, podendo incluir testes complementares como ultrassonografia abdominal e dosagem de frutosamina.
O tratamento envolve três pilares principais:
- Insulina – indispensável em cães e, em alguns casos, reversível em gatos.
- Alimentação controlada – cães devem ter horários fixos de refeição, enquanto gatos podem se alimentar ao longo do dia com ração específica.
- Atividade física – auxilia no controle de peso e melhora a resposta ao tratamento.
Hoje já existem sensores modernos que medem a glicemia dos pets sem necessidade de punções constantes, trazendo mais conforto ao animal e praticidade ao tutor.
O papel do tutor
A disciplina do responsável é determinante para a estabilidade do quadro. Seguir corretamente os horários de alimentação e aplicação de insulina, além de realizar o monitoramento contínuo, faz toda a diferença.
Com diagnóstico precoce, acompanhamento veterinário e dedicação do tutor, cães e gatos com diabetes podem ter uma vida longa, estável e saudável.
fonte alpha autos
