A cidade de Hortolândia registrou um caso de feminicídio neste mês de julho. Thamiris Cristina Fumo, de 29 anos, baleada pelo ex-companheiro no dia 7, morreu após nove dias internada. O crime ocorreu no bairro Jardim Amanda II e o autor se suicidou em seguida.
Crime foi registrado no Jardim Amanda II
O caso de feminicídio em Hortolândia aconteceu na Rua Borba Gato, uma via residencial do Jardim Amanda II, um dos bairros mais populosos da cidade. Segundo a Polícia Civil, o homem efetuou disparos contra a ex-esposa e depois tirou a própria vida.
Thamiris foi socorrida em estado grave e levada ao Hospital Mário Covas, sendo posteriormente transferida ao Hospital Samaritano, em Campinas (SP), onde passou por uma cirurgia na cabeça e permaneceu internada na UTI até o dia 16 de julho, quando veio a óbito.
Feminicídio será investigado pela Polícia Civil
Inicialmente, o caso foi registrado como tentativa de feminicídio, suicídio e apreensão de veículo. Com a morte da vítima, o boletim de ocorrência foi atualizado para feminicídio consumado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma perícia foi acionada logo após o crime e foram apreendidos o veículo do agressor, uma faca e a arma de fogo usada no ataque.
O feminicídio de Thamiris Cristina é o primeiro registrado no segundo semestre de 2025 na Região Metropolitana de Campinas. A Delegacia de Defesa da Mulher de Hortolândia poderá acompanhar a investigação.
Feminicídio é crime previsto em lei
Desde 2015, o feminicídio é tipificado como crime hediondo no Brasil, por meio da Lei nº 13.104. Ele ocorre quando o assassinato de uma mulher é motivado por violência doméstica, menosprezo ou discriminação de gênero.
Casos como o de Thamiris expõem a necessidade de políticas públicas mais eficazes para proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 1.437 feminicídios em 2024 — média de 1 a cada 6 horas.
