Deepfake em Hortolândia: Polícia prende grupo suspeito de golpes milionários

Deepfake em Hortolândia Polícia prende grupo suspeito de golpes milionários

O deepfake em Hortolândia foi alvo de uma grande operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (1º). A ação desarticulou uma organização criminosa acusada de aplicar golpes virtuais com vídeos falsificados de celebridades. Segundo as investigações, o esquema pode ter movimentado cerca de R$ 210 milhões em todo o Brasil.

Como funcionava o golpe de deepfake em Hortolândia

De acordo com a Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais do Rio Grande do Sul, o grupo utilizava tecnologia de manipulação de vídeos para criar conteúdos falsos em que artistas como Gisele Bündchen, Angélica Huck, Juliette Freire, Maísa e Sabrina Sato apareciam promovendo supostas ofertas.

As vítimas acessavam páginas que imitavam sites legítimos e eram induzidas a pagar pequenas quantias, geralmente entre R$ 20 e R$ 100, como taxa de frete para produtos anunciados como gratuitos. Os produtos nunca eram entregues e o dinheiro era direcionado para contas de fachada, investimentos e criptoativos.

Prisões em Hortolândia e Piracicaba

Em Hortolândia, os policiais prenderam L. T. O. C., apontado como responsável pela parte financeira da organização. Já em Piracicaba, foram detidas a influenciadora digital L. R. M., conhecida como “Japa”, e sua mãe, suspeitas de movimentar R$ 15 milhões em curto período de tempo.

Ainda segundo a investigação, L. T. O. C e L. A. S. L. eram considerados os líderes do esquema criminoso.

Operação em cinco estados

A Polícia Civil cumpriu 26 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão. Além disso, foram bloqueadas 21 contas bancárias e carteiras digitais, bem como apreendidos investimentos e dez veículos.

As diligências ocorreram em cinco estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Os investigados devem responder por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e exploração ilegal de jogos de azar.

Impacto dos golpes com deepfake

A delegada Isadora Galian, responsável pelo inquérito, afirmou que a subnotificação das vítimas contribuiu para o avanço do esquema. Muitas pessoas não registravam ocorrência por se tratar de valores baixos, o que criou um ambiente favorável à atuação do grupo.

“Essa omissão criava um cenário de impunidade que permitia ao grupo operar em larga escala”, explicou.

Como evitar fraudes com deepfake

A Polícia Civil recomenda atenção redobrada com anúncios e promoções atribuídas a celebridades. As principais medidas de prevenção incluem:

FAQ sobre golpes com deepfake

O que é deepfake?
É uma tecnologia que manipula imagens, vídeos e áudios com inteligência artificial, criando conteúdos falsos que parecem reais.

Quais celebridades foram usadas nos golpes?
As investigações apontam que nomes como Gisele Bündchen, Angélica Huck, Juliette, Maísa e Sabrina Sato foram explorados nas fraudes.

Quanto dinheiro o grupo movimentou?
O esquema chegou a movimentar R$ 210 milhões, segundo a Polícia Civil, com R$ 15 milhões associados diretamente às investigadas de Piracicaba.

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